Tem 38 anos, é natural de Caldas da Rainha e reside em Santa Susana. Em 2003, Fernando Tomé, “Rofty” (como é conhecido entre amigos), sofreu um acidente de viação em São Gregório, no qual perdeu o braço esquerdo, sofrendo várias lesões físicas e cerebrais. Ficou doze dias em coma. Nunca deixando de lutar, foi progressivamente recuperando, apesar da perda que sofreu. Mas as marcas perduram e até o processo judicial para apuramento de responsabilidades arrasta-se em tribunal. Ao longo dos anos teve de arranjar formas de rendimento e de distracção. Enveredou pela pintura em vitral, com a particularidade de pintar dos dois lados. “A minha psicóloga disse que para ser reconhecido devia fazer o que poucos fazem”, conta. Hoje domina a arte, depois de ter tirado um curso de artes plásticas no Centro da Juventude das Caldas da Rainha e ter participado num curso de artes decorativas e pintura de gesso, no Centro de Desenvolvimento Social e Cultural de Rostos. Tem exposto as suas obras, que executa no ateliê em casa. “Há encomendas, de vez em quando vendo alguns quadros. Tem de ser porque é uma arte cara”, refere. Fernando Tomé considera que “ter só um braço levou-me a ser o homem dos impossíveis e a desenvolver o dobro da habilidade”. Faz bodyboard, joga snooker e espera ter mais oportunidades para exibir as suas obras. Francisco Gomes
Perdeu um braço e luta pela sobrevivência através da pintura em vidro
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