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Dez milhões de euros

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Câmara apresenta obras na cidade A Câmara está a promover debates sobre as obras de Regeneração Urbana (RU) na cidade das Caldas, tendo na passada quarta-feira, um dia depois de uma reunião com os vendedores da Praça da Fruta, apresentado o projecto, que ainda pode ser alvo de algumas alterações, a comerciantes e moradores. Hugo […]
Dez milhões de euros

Câmara apresenta obras na cidade A Câmara está a promover debates sobre as obras de Regeneração Urbana (RU) na cidade das Caldas, tendo na passada quarta-feira, um dia depois de uma reunião com os vendedores da Praça da Fruta, apresentado o projecto, que ainda pode ser alvo de algumas alterações, a comerciantes e moradores. Hugo Oliveira, vereador com o pelouro do urbanismo, apresentou o plano de RU e ouviu alguns comentários dos presentes que reclamaram essencialmente devido ao desaparecimento de lugares de estacionamento, e ouviu ainda críticas por serem feitas obras noutras freguesias, nomeadamente em Santo Onofre. O vereador começou por dizer que o projecto de RU custará cerca de dez milhões de euros, sendo que metade será para a construção de um parque de estacionamento na Praça 25 de Abril, onde ficarão cerca de trezentos lugares. A localização do parque foi de resto um dos pontos de discórdia, mas a maioria do PSD votou favoravelmente depois de uma moção da Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo que levou à deslocalização do parque da Avenida da Independência Nacional para a Praça 25 de Abril e que no piso térreo levará uma fonte luminosa como era desejo do autarca Vasco Oliveira. No global, com a construção deste parque e o desaparecimento de alguns lugares de estacionamento com as intervenções da RU e também do programa Prover, a cidade passa dos actuais 475 lugares de estacionamento para 533 lugares, sendo que a maioria será em subterrâneo. Este foi um dos argumento fortes apresentados por Hugo Oliveira, mas alguns comerciantes, nomeadamente os que se situam na Rua de Camões e no Largo de Heróis de Naulila não querem verem reduzido o número de lugares nestas artérias. Também os moradores do Largo João de Deus não se querem privar de poder estacionar à porta e pretendem que a Câmara estude melhor a possibilidade de estacionamento na Parada, onde existe uma negociação com o Centro Hospitalar. O plano de RU tem intervenção na Avenida 1º de Maio, Avenida Independência Nacional, Rua António Sérgio, Rua Coronel Soeiro Brito, Rua Engenheiro Duarte Pacheco, Rua Dr. Leão Azedo, Praça 25 de Abril com parque de estacionamento, edifício da qualificação dos produtos regionais e um edifício de turismo No eixo do comercio serão intervencionadas as Ruas Capitão Filipe de Sousa, José Malhôa, Nazaré, Dr Pedro Ferreira, General Queiróz, Praça da República, Rua do Parque, da Piedade e Travessa da Piedade, do Rosário, da Cruz Nova, Rua da Misericórdia, Provedor Frei Jorge de São Paulo, de Camões, Largo Conde Fontalva, Emídio Jesus Coelho, Henrique Sales, Sebastião de Lima e Coronel Andrada Mendonça. “Não vamos deixar de ter circulação, porque teremos uma solução com o parque subterrâneo e haverá zonas de cargas e descargas. Deixaremos de ter é tantos carros à superfície”, explicou Hugo Oliveira, sobre a intervenção da Praça 25 de Abril que “vai receber ainda um quiosque e uma zona de repuxos de água”. Quiosque. Em todas as intervenções da RU houve uma preocupação com as travessias de peões, com as passadeiras a serem rebaixadas e com cores de calçada diferentes e ainda com acessos para todos. Deste modo o vereador considera que os carros “vão circular na mesma no centro da cidade”, mas terão de o fazer “com menor velocidade, uma vez que a intervenção vai devolver o Centro Histórico às pessoas”. Na intervenção nas Avenidas os passeios serão todos aumentados, haverá lugar à colocação de mupies para a Associação Comercial rentabilizar. Na Avenida da Independência Nacional a circulação automóvel, depois da intervenção, far-se-á pelos corredores de acesso aos prédios, ficando a parte central fechada ao trânsito e entregue ao lazer. A Rua António Sérgio deixará de ter estacionamento na zona central e todos os passeios levarão um arranjo e serão criadas zonas verdes. A Rua Engenheiro Duarte Pacheco terá estacionamento, táxis e um espaço de cargas e descargas. Na rua Soeiro de Brito os passeios alargam em ambos os sentidos, mas já na Rua Leão Azedo toda aquela zona será encerrada, para permitir a abertura de espaços comerciais. O edifício para o centro de divulgação de produtos regionais é o prédio que serve de entrada do mercado do peixe e estará virado para os alunos que pretendem criar, terá espaço para sede de associações e será a sede da equipa de trabalho da RU. A Rua Coronel Andrada Mendoça verá o piso subir ao mesmo nível da Rua Dr. Miguel Bombarda e fará ligação até à Praça 5 de Outubro. Nesta rua haverá espaço para cargas e descargas. A Rua Sebastião de Lima terá uma intervenção, mas devido à limitação do espaço, não chegará ao Bairro Azul. Ainda assim vão ser alargados os passeios e o piso deverá deixar de ser irregular. A Rua Henrique Sales deixa de ter estacionamento e haverá alargamento de passeios. A Rua Capitão Filipe de Sousa e o Largo Heróis de Naulila e ainda a zona da Ermida de São Sebastião verá o quiosque recolocado para que o monumento tenha mais visibilidade e nas outras artérias haverá alargamento de passeios e apenas haverá dois lugares de cargas e descargas para servir toda aquela zona, o que é manifestamente pouco, segundo alertaram os comerciantes daquela zona. A Praça da República levará uma grande intervenção e era onde a oposição queria que ficasse um parque de estacionamento subterrâneo. Todo o tabuleiro será renovado e a zona de topo terá um arranjo que fará ligação ao espaço de turismo, com o estacionamento actual a desaparecer. Em volta do tabuleiro da praça os passeios serão alargados e todo o espaço será em calçada, sendo que a via de trânsito será em calçada grossa e com um desnível em relação ao tabuleiro que deverá subir. A paragem dos táxis mudará de local e os vendedores deixarão de poder estacionar as suas carrinhas em volta do tabuleiro como actualmente o fazem. A Câmara vai criar um espaço na Rua Diário de Noticias para os vendedores estacionarem. “Não podemos perder as características da praça. É um mercado forte e que deve manter a sua ruralidade”, disse o vereador, que pretende que todos os vendedores tenham chapéus novos e de cores diferentes. Nesta intervenção, desaparecem alguns lugares de estacionamento, mas os que ficam será apenas para as pessoas que pretendem ir à praça, já que na primeira meia hora o estacionamento será de 30 cêntimos e nas fracções seguintes o preço pode subir para o triplo ou quádruplo, exactamente para facilitar a rotatividade dos lugares. A paragem do autocarro vai mudar e haverá a possibilidade do Toma começar a passar na Praça. As ruas adjacentes à Praça da República serão também intervencionadas e ligarão com o projecto Prover, que fará intervenção na zona histórica do Largo termal e Largo João de Deus. Na Rua General Queirós vai passar uma conduta de pluviais que vem da Rua Diário de Notícias e deixa de ter estacionamento. A Câmara está ainda a estudar a possibilidade dos bombeiros e ambulâncias deixarem de passar por aquela via. A intervenção na Rua de Camões foi muito discutida com Centro Hospitalar e é uma zona “preocupante” para o vereador. “Não fica toda pedonal e terá estacionamento e ficará dois sentidos de trânsito. Vamos proteger a conduta da água termal com os lugares de estacionamento a deixarem de ser em espinha para serem paralelos e apenas de um lado. Os passeios vão alargar para haver esplanadas”, explicou. Seguindo-se, entra-se no Largo da Rainha, onde se vai manter a estátua no mesmo local, mas os passeios serão alargados. Subindo de novo para a Praça, no edifício da antiga PSP surgirá o espaço de turismo, mas o edifício ao lado e que conflui com a Rua Diário de Notícias deverá ser deitado abaixo porque está muito degradado. Esta condição vai ajudar ao alargamento dos passeios. No edifício do espaço turismo, pretende-se ter a venda de produtos regionais, casas de banho de apoio ao mercado da fruta, espaço de apoio com o fiscal do mercado, um espaço para os vendedores e terá a sede dos artesãos das Caldas. O edifício terá ateliês para joalharia e bijutaria e ainda um restaurante e um café, com a venda produtos regionais que serão classificados. No campo do projecto Prover a Câmara deverá realizar a intervenção na ordem dos 600 mil euros que virão da União Europeia. Com esta intervenção o Largo termal deixará de ter carros estacionados e no Largo João de Deus deixará de haver estacionamento, nem mesmo para moradores. A Câmara pretendia com a intervenção no Largo termal pôr a descoberto as galerias para as pessoas poderem contemplar, mas o Centro Hospitalar terá dito que não seria possível devido à temperatura da água, que não impedirá que o vidro embacie. No entanto, não está fora de hipótese esta situação, assim como todas as propostas que estão a ser apresentadas e que poderão levar pequenos ajustamentos. Durante o debate com a população e comerciantes ficou-se a saber que a percentagem do dinheiro do QREN para a RU é de 80 por cento e no caso do projecto Prover é de 70 por cento. Segundo o vereador, a intervenção para a RU deverá começar, se tudo correr bem, a 11 de Abril com a abertura de concursos, com obras faseadas. “Depois do concurso, haverá reunião com todos os empreiteiros para calendarizar as intervenções que serão faseadas, para que toda a cidade não tenha obras ao mesmo tempo”, adiantou. Sabe-se que a primeira obra a fazer já este ano será na Rua de Camões e no Largo da Rainha entre Setembro e Novembro. A Praça 5 de Outubro será alvo de uma pequena intervenção com a manutenção do espaço e desaparecimento do fosso. Os presentes manifestaram-se descontentes com o número de lugares de estacionamento na Rua de Camões, pelo que o vereador disse que haverá lugar a novos ajustamentos, uma vez que passarão dos actuais 70 para 27, com sete para cargas e descargas. A obra na Praça da Fruta demorará seis meses e deverá começar em Janeiro. A opção para o mercado funcionar deverá recair no estacionamento, onde também esteve temporariamente o mercado do peixe, numa condição que os próprios vendedores aceitam na sua maioria. Uma munícipe considerou os projectos interessantes, mas lembrou que depois teremos “ruas lindas a brilhar e os prédios velhos a cair”, pedindo incentivo para os proprietários arranjarem os edifícios. João Frade, presidente dos comerciantes, considerou que a RU tem coisas positivas, mas outras negativas como são os casos do desaparecimento de muitos lugares de estacionamento. “Dos actuais 195 passam para 88 lugares e essa condição trará efeito negativo no comércio. É perigoso, porque há reduções drásticas na Rua de Camões”, disse. Em resposta, Hugo Oliveira disse que ainda se poderá falar sobre essas questões. Outra das preocupações apresentadas foi o facto da intervenção incidir muito na calçada, lembrando as intervenções em frente ao Hotel Lisbonense onde o piso está muito danificado. Por outro lado, uma participante lembrou que os saltos dos sapatos ficam muitas vezes presos nesse tipo de solução. Quanto ao estacionamento para os autocarros está ponderada a colocação dessa paragem no Largo da Universidade, mas antes haverá uma largada dos passageiros no centro da cidade, estando em estudo a forma como os autocarros devem entrar. Estas soluções apresentadas ainda não são definitivas e durante mais duas quartas-feiras na Câmara haverá debates sobre as soluções apresentadas e melhoradas, até que se possam iniciar as intervenções. Carlos Barroso

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