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Mediunidade e Espiritismo em Óbidos

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Realizou-se no auditório da Casa da Música, em Óbidos, nos passados dia 17 e 18, a VI edição das Jornadas de Cultura Espírita, evento promovido pelo Centro de Cultura Espírita, de Caldas da Rainha, com o apoio da Associação de Divulgadores de Espiritismo (ADEP). O tema deste ano, “Mediunidade e Espiritismo”, foi abordado por perspectivas […]

Realizou-se no auditório da Casa da Música, em Óbidos, nos passados dia 17 e 18, a VI edição das Jornadas de Cultura Espírita, evento promovido pelo Centro de Cultura Espírita, de Caldas da Rainha, com o apoio da Associação de Divulgadores de Espiritismo (ADEP). O tema deste ano, “Mediunidade e Espiritismo”, foi abordado por perspectivas e áreas de saber tão diferentes quão complementares, possibilitando uma visão abrangente, científica e filosófica, da distinção e correlações existentes entre as realidades que os dois conceitos representam. Lígia Pinto, médica e membro da Associação Médico-Espírita do Porto, explicou os mecanismos fisiológicos da percepção sensorial do ser humano, demonstrando que a mediunidade é uma faculdade natural que, em maior ou menor grau, toda a gente possui. Amélia Reis, professora aposentada e presidente da direcção do Centro de Cultura Espírita das Caldas da Rainha, mostrou que as relações entre os dois planos da vida sempre existiram, recordando que a palavra “mediunidade” pertence ao foro espírita, por ter sido cunhada pelo investigador Allan Kardec, e que se distingue de “mediunismo” como prática mediúnica não educada e por isso muitas vezes mistificada. Amélia Reis sublinhou que o exercício da mediunidade espírita coíbe-se de fins comerciais e visa o estudo, o consolo e o esclarecimento. Mário Correia, professor do ensino secundário e membro do Centro de Cultura Espírita e da ADEP, apresentou uma breve História da mediunidade e do Espiritismo em Portugal e, citando relatos historicamente documentados, colocou a tónica sobre a censura e as várias formas de descriminação e perseguição de que os espíritas foram alvo durante o Estado Novo, à semelhança dos primeiros cristãos. Reinaldo Barros, também professor do ensino secundário e colaborador do Jornal de Espiritismo com textos e cartoons, referiu a importância do estudo contínuo e da disciplina do médium espírita, recordando a seriedade com que se pautam todas as actividades espíritas. Ulisses Lopes, designer e presidente da ADEP, explicou como é tida em conta a mediunidade e qual o seu ligar no seio do Espiritismo que a não cataloga como doença ou problema mas sim como um potencial e precioso instrumento de trabalho ao serviço do bem comum. Jorge Gomes, escritor, jornalista e editor do Jornal de Espiritismo, apontou a importância da mediunidade e o seu contributo para o ser humano e para a sociedade na medida em que permite a exploração de novos horizontes do conhecimento e impulsiona o desenvolvimento e o avanço da humanidade. Regina Figueiredo, educadora de infância e membro da Associação Portuguesa de Pedagogia Espírita, problematizou as estratégias pedagógicas na educação espírita e os cuidados a ter com as manifestações mediúnicas das crianças. Vasco Marques, especialista em sistemas informáticos e professor de Tecnologias da Informação e Comunicação, apresentou um estudo sobre o lugar da mediunidade na internet, nomeadamente ocorrências em sites, pesquisas efectuadas e relações com Espiritismo, problematizando os dados obtidos em função de contextos diversos. As oito comunicações, distribuídas por três painéis e intercaladas por momentos de música e poesia, foram assistidas por 200 pessoas que se deslocaram de todos os pontos do país e por quase 500 pessoas de todo o mundo que acompanharam a emissão online em directo, pelo sítio da ADEP na Internet. Os momentos culturais foram dinamizados por Reinaldo Barros que interpretou canções de sua autoria, assim como por Filomena Lencastre, que disse poesia ao som da guitarra dedilhada por João Gomes. A apresentação dos participantes e a moderação das mesas redondas, onde os conferencistas responderam a algumas questões colocadas pela audiência foram da responsabilidade de Ulisses Lopes e Noémia Margarido. Desde Bragança a Olhão, Óbidos já está no roteiro de muitos portugueses, que vêem neste evento uma oportunidade de também conhecerem um pouco da região Oeste.   Denise Estrócio

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