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Confronto feminino na Assembleia Municipal

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Duas senhoras proporcionaram um momento pouco comum na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, com tom de exaltação a subir entre Maria da Conceição, vereadora do PSD, e Luísa Arroz, deputada do PS. A socialista, que já começa a ficar conhecida pelas intervenções “quentes”, acusou a Câmara de “fazer pouco investimento na área da cultura” […]
Confronto feminino na Assembleia Municipal

Duas senhoras proporcionaram um momento pouco comum na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, com tom de exaltação a subir entre Maria da Conceição, vereadora do PSD, e Luísa Arroz, deputada do PS. A socialista, que já começa a ficar conhecida pelas intervenções “quentes”, acusou a Câmara de “fazer pouco investimento na área da cultura” enquanto que a vereadora da cultura refutou as acusações, alegando que a deputada só valoriza as suas propostas culturais. “A notícia sobre os Museus caldenses tem-me preocupado quanto às suas soluções. Trago uma reflexão, mais do que uma questão à Câmara. A política cultural da autarquia é caracterizada nestes últimos 25 anos pela ausência de objectivos, de estratégia, de meios adequados e de uma reflexão aprofundada”, afirmou Luís Arroz. A socialista classificou a cultura no concelho de “negra” e que se revela “invisível a nível nacional”. “Os museus Malhoa e da Cerâmica eram museus nacionais e deixaram de o ser porque não tiveram projecção e divulgação”, disse, esquecendo-se que era ao Estado quem deveria competir essa tarefa e não ao poder local. “O papel da Câmara tem sido por demais ausente e voltado para o esquecimento”, manifestou. Criticou ainda a “falta de planeamento cultural” e acusou a Câmara de “asfixiar as instituições culturais”. Alberto Pereira, deputado do PSD, ainda perguntou à socialista se vivia nas Caldas. “Deve estar enganada. Não vive neste concelho e não conhece a realidade deste concelho”, comentou. Também Tinta Ferreira estranhou as palavras da deputada socialista, uma vez que, argumentou, o Governo socialista acha que a autarquia “tem competência para gerir os museus”. Já na réplica, Maria da Conceição declarou que a deputada socialista “quis atacar a Câmara, mas não veio documentada e preparada, e fez uma caldeirada” sobre este assunto. “Se não sabe, eu digo-lhe que os museus de Malhoa e Cerâmica são dependentes do Ministério da Cultura, actual IMC. O presidente do ICOM disse que os museus dependentes do Ministério da cultura estavam num estado deplorável. Quando fala em actividade e asfixia, se calhar deveria de referir-se ao Museu de Cerâmica que tem o telefone cortado por falta de pagamento. Ou quer dizer quando se faz uma exposição em Lisboa onde se gastam dois milhões sem terem sido aprovados pelo director de um Museu, quando, para os museus das Caldas ou de Trás-os-montes não há um tostão para fazer uma exposição. Para a exposição de Manuel Mafra o Ministério concordou, mas dinheiro zero. Os amigos do Museu e sete mil euros da Câmara é que pagaram essa exposição”, afirmou. Maria da Conceição irritada, porque pelo meio a deputada Luísa Arroz ainda interrompeu com comentários a explicações da social-democrata, revelou que quem paga aos guardas do Museu de Cerâmica é o Grupo de Amigos. “O Grupo de Amigos paga aos guardas, através de um subsídio e de apoio que a Câmara lhes dá. É isto que a senhora deputada chama asfixia financeira. Sabe que um dos Museus com mais obras e que vem em Orçamento de Estado é o Museu Malhoa. Eu disse à senhora Ministra que deveria de estar enganada, porque as obras já foram inauguradas há mais de um ano. A Câmara nos últimos 25 anos construiu o Museu Barata Feyo e as reservas do Museu Malhoa estão nesse museu e nós estamos condicionados por isso. Se não sabia disto deveria de se informar”, informou. A vereadora da cultura ironizou ainda quando afirmou que “eu sou mais bem-educada do que a senhora deputada porque se calhar não conhece a artista Marina Abromavic que recebeu o Leão de Ouro, como a senhora disse que os senhores deputados não sabiam o que era o protocolo de Quioto”. Maria da Conceição afrontou por outro lado Luísa Arroz quando revelou que tem sido feitas “exposições, bienais, simpósios, festas da cerâmica, exposições em que se dá oportunidade aos jovens da ESAD e a senhora deputada se calhar não vai lá. Ou as coisas começam e acabam nos festivais que a senhora deputada propõe”. Quanto à questão das transferências, a tutelar da pasta da cultura mostrou-se preocupada até porque apresentou um requerimento, onde obteve como resposta “o Plano Estratégico para os Museus no século XXI”. “O senhor secretário de Estado da Cultura disse que era discutido caso a caso. O senhor presidente da Câmara das Caldas quer saber quais são as condições e até ao momento não sabemos nada”, explicou. Luísa Arroz não gostou da intervenção de Maria da Conceição e ao pedir a palavra alegando que foi ofendida na honra, afrontou o presidente da mesa da Assembleia, Luís Ribeiro, que achou que a honra não tinha sido ofendida. Mas acabou por falar, numa intervenção que deixou sem reacção a própria bancada socialista.   Carlos Barroso

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