Os bombeiros de Óbidos foram os mais atarefados da zona, com cerca de duas centenas de chamadas, cinquenta das quais em pouco mais de meia hora. Segundo o comandante da corporação, Sérgio Gomes, das 4h40 às 20h20 do dia 23 de Dezembro, estiveram no exterior cerca de 30 bombeiros com vários veículos, que tiveram de acudir a vários pedidos de solicitação, em especial durante a madrugada e manhã. “Foram mais de 200 pedidos de socorro que se traduziram em cerca de 60 ocorrências sem qualquer tipo de vítimas. Houve um despiste na Sancheira devido a uma árvore caída na estrada. De resto foram muitas as árvores que estiveram na origem das chamadas. Cerca de dez proprietários de habitações pediram ajuda aos bombeiros para cortarem e retirarem as árvores das suas residências”, explicou o comandante. Depois os bombeiros tiveram de se preocupar com muitos cabos eléctricos e de telefone, placards e sinalização vertical caídos por diversas vias, terrenos e propriedades. Também os recipientes de resíduos de sólidos urbanos foram levantados e colocados mais ou menos no mesmo local depois da tempestade. Na zona do Complexo do Alvito também tombaram dois contentores e caiu parcialmente uma estrutura de estacionamento no Intermarché. Perto da muralha dois turistas que estavam numa roulote foram realojados numa auto-caravana de amigos por uma questão de precaução. Os bombeiros de Óbidos realizaram ainda diversas lavagens de pavimento e auxiliaram depois de uma infra-estrutura ter caído perto da Mansão da Torre. Houve ainda a registar no Município de Óbidos a destruição das infra-estruturas do Óbidos Vila Natal, que, encerrou aquele espaço da cerca da muralha, por dois dias, para reposição da normalidade. Já os bombeiros das Caldas na madrugada do dia 23 de Dezembro receberam 47 pedidos de auxílios oficiais devido ao mau tempo. A primeira chamada ocorreu pelas 4h29 para a zona da Fonte Luminosa, para a Rua Almirante Cândido dos Reis e para A-dos-Francos, devido a quedas de infra-estruturas e por objectos ocuparem a via pública. Às 5h21 os soldados da paz deslocaram-se para a zona do Largo da Vacuum, para a Avenida Infante D. Henrique, para o Guisado, para o Casal dos Texugos e para os Casais de São Jacinto devido a quedas de árvore que condicionavam a circulação. Pelas 5h26 foram accionados para a Rua Fernando Ponte e Sousa e para a Espinheira por quedas de árvores. Às 5h45 foi a vez de irem acudir a população nos Cabreiros, no Casal Real e em Alvorninha, por mais árvores caídas nas estradas. Pelas 8h33 os bombeiros ainda continuavam a trabalhar e desta vez tiveram de ir até à Foz do Arelho e Alto do Nobre para cortar mais algumas árvores que estavam na estrada. Cerca das 8h50 em Santa Catarina e depois pelas 9h29 no Outeiro de Alvorninha os soldados da paz tiveram de cortar mais arvores e auxiliarem a arranjar estruturas de habitações. O comandante dos bombeiros das Caldas, José António, referiu que “muitas das ocorrências tiveram especial incidência no corte de árvores”, na zona de Alvorninha, Bairro Social, Tornada, havendo ainda registo de algumas telhas partidas e ainda um painel solar que desapareceu. Carlos Barroso