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PSP faz apoio a Idosos

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A agente Ana Fernandes é o rosto visível do policiamento de proximidade, porque todos os dias acompanha idosos, visita-os, dá-lhes atenção e carinho. Estas são algumas das facetas do projecto de Apoio ao Idoso da PSP de Caldas da Rainha que muitas vezes é mais do que uma simples vigilância ou uma informação para boas […]
PSP faz apoio a Idosos

A agente Ana Fernandes é o rosto visível do policiamento de proximidade, porque todos os dias acompanha idosos, visita-os, dá-lhes atenção e carinho. Estas são algumas das facetas do projecto de Apoio ao Idoso da PSP de Caldas da Rainha que muitas vezes é mais do que uma simples vigilância ou uma informação para boas práticas de segurança. Ana Fernandes é vista como uma filha para alguns, é acarinhada por outros, mas também é uma enfermeira, uma amiga, uma pessoa da família embora se apresente sempre fardada. “É um mimo ter aqui esta rapariga. Ela trata a gente muito bem. A gente quer, é que ela venha cá todos os dias”, desabafa António Simões que está num Centro de Acolhimento para Idosos no Bairro da Ponte. António Simões de 86 anos, está no Centro de Acolhimento com a sua mulher Margarida Simões de 87 anos, reforça ainda que quando a agente Ana Fernandes aparece “a gente fica muito contente. Nós estimamo-la muito e tê-la cá anima”. Também muito satisfeita com a acção da agente está Emília Baiana de 81 anos que pede sempre para Ana Fernandes ficar mais um bocadinho. “Ela devia ficar mais um bocadinho, mas ela tem mais pessoas para visitar”, adianta. Também agradada com a presença da agente está Fátima Carvalho, proprietária do Centro de Acolhimento, que envergou por este negócio, porque já tratava da sua mãe. “A senhora polícia vê como os idosos são tratados e pergunta sobre as coisas. Eu concordo com esta acção da PSP porque os idosos precisam de atenção. Sou da opinião que deveriam prestar este serviço mais vezes e há mais tempo”, confessa. Uma outra senhora entusiasmada com o serviço, pela presença da agente, é Maria Helena de 73 anos que afirma mesmo que “quando ela não vem eu sinto uma falta tremenda. É uma tristeza. Mas quando ela está cá, é uma alegria muito grande”, descreveu já com uma pequena lágrima a correr. Maria Helena que acabou por ter uma visita mais curta devido à nossa presença, facto que reclamou, deverá ter uma recompensa por parte da agente Ana Fernandes, uma vez que é das pessoas que mais sofre de isolamento e mais atenção precisa. Para Ana Fernandes a rotina do serviço passa pela visita a cada um dos actuais dezoito idosos assinalados, onde se verifica “se se alimentam, se tem medicamentos e os tomam. Constatar se tem consultas e lembra-los de as realizar. Verificar se as portas e janelas da casa estão fechadas e sem sinais de arrombamento. Se as instalações da casa estão limpas. Se os idosos tomam banho e se cuidam. Se os idosos não se isolam. Se há evolução do estado clínico. Como estão os familiares e se estes os acompanham. Se tem doenças e quais é que são”. Deste serviço que desempenha com brio, Ana Fernandes teve de apreender como se lê o grau de insulina, porque muitos idosos são diabéticos e não sabem ler, nem escrever. “Não tive formação, mas como gosto de saúde e gosto de estudar, pesquisei na internet como se lêem os valores da insulina e da diabetes. Já sei como se faz a picadinha”, revela, sugerindo que este serviço deveria de ser complementado por um outro. “Quando não vou à residência, telefono, porque há idosos que necessitam de mais assistência do que outros. Nesses tenho de ter um cuidado mais assíduo”. Por outro lado a agente controla outros idosos ao longe, porque estes “preferem ter mais privacidade”, ou porque no meio onde residem a simples presença de um polícia é motivo para os vizinhos murmurarem que existem problemas. Ainda assim Ana Fernandes diz sentir-se bem ao fazer este trabalho. “É dos serviços mais gratos que tive até agora. Eu sei que os idosos agradecem, mas o simples brilho no olhar deles é um fortificante”. Por outro lado destaca a “solidão” como o principal inimigo da sua função. “Consigo ajudar porque vou estando presente, mas os idosos da cidade tem outro grande problema que é a falta de dinheiro. Infelizmente não posso ajudar e aquilo que posso dar é a minha companhia e tentar informar as entidades competentes do caso para que se minimize a situação”, descreve. A par da solidão e das questões monetárias está o isolamento. “Os idosos fecham-se e isso é muito complicado de contrariar”, alerta. Mas para que este serviço funcione há toda uma equipa que está por de trás do rosto de Ana Fernandes. A coordenação é feita pelo subcomissário Rogério Gonçalves e pelo chefe Eduardo Firmino. Além do Apoio ao Idoso, neste departamento funciona a Escola Segura com os agentes Henrique Ferreira, Rui Santos e Elisabete Rosa. Ainda existe o agente João Eduardo que desenvolve o Comércio Seguro. O departamento finaliza ainda com o Apoio à Vítima. Os idosos para chegarem a este serviço, são assinalados por vizinhos que denunciam à polícia o estado de abandono. Existe ainda o simples expediente da PSP onde é verificado se determinada pessoa liga muitas vezes para a esquadra e diz que alguém lhe está a entrar em casa. Daí, é verificado que o idoso está sozinho e depois entra em campo o agente do Apoio ao Idoso. A polícia de Caldas para já não tem conhecimento de maus tratos físicos em idosos, mas existem sinais de negligência que são um passo para os problemas psicológicos, provocados pelo abandono dos filhos. “Há muitos idosos que sofrem de solidão. O grande problema dos idosos é não terem ninguém com quem conversar. Eles precisam que alguém os oiça um bocadinho que verifique o seu estado de saúde e confirme que estão zelados” descreve uma fonte da PSP. Neste programa do Apoio ao Idoso nem tudo está bem, uma vez que falta um telefone e um número directo para a agente. A mesma não possui viatura própria, pelo que usa o carro da Escola Segura, que apenas tem dois lugares quando os colegas estão de férias escolares, ou então terá de andar à boleia de uma viatura que esteja disponível na esquadra para poder percorrer as habitações de todos os idosos abrangidos. Carlos Barroso

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