Obras durante 4 meses A Câmara Municipal das Caldas da Rainha prepara-se para remodelar o Mercado de Peixe. As obras, orçadas em cerca de 546 mil euros, visam dar um novo fôlego ao mercado e arrancarão em Outubro deste ano. Está a decorrer o concurso público para escolher a empresa que fará a intervenção em quatro meses. O Projecto de Requalificação do Mercado do Peixe foi apresentado pelo vereador Tinta Ferreira, em conferência de imprensa, na passada quinta-feira. Projectado pela arquitecta Manuela Morgado, o edifício do Mercado do Peixe, que tem cerca de vinte anos, irá terá uma fachada nova com linhas modernas. A requalificação do Mercado do Peixe corresponde às necessidades de cumprimento da legislação de segurança alimentar e permitirá a melhoria das condições estéticas e funcionais do edifício, melhorando as condições de trabalho para os vendedores e as condições de acessibilidade para os compradores, constituindo-se num efectivo pólo de atracção comercial em pleno tecido urbano. Uma nova instalação eléctrica optimizada que permitirá uma maior qualidade de iluminação em simultâneo com um menor custo energético, um novo telhado em “sanduíche”, que permitirá uma maior contenção de energia com menos frio no Inverno e menos quente no Verão, uma estrutura metálica para o cais e uma vedação, são algumas intervenções propostas. De destacar a nova rede de águas e drenagem, que resolverá os problemas dos detritos que vão por vezes para o esgoto e causam problemas na rede de esgotos em algumas zonas da cidade. Pavimento contínuo resistente com tratamento anti-derrapante, reparação e preenchimento das paredes com azulejo, melhoramentos dos sanitários/público com unidade para deficientes, introdução de vestiário e sanitário para pessoal, melhoramento do espaço de bar, introdução de portas com malha metálica nas lojas e dois gabinetes de apoio à gestão são outras operações previstas para o mercado do peixe. A optimização da câmara de frio é outra proposta que, segundo o vereador, é um aspecto importante, porque o peixe que não foi vendido poderá ser guardado nas câmaras de frio, o que diminuirá os custos dos vendedores em termos de transporte. De destacar também a sala de fabricação de gelo, outra questão fundamental porque permitirá à Autarquia vender o gelo aos vendedores a um preço mais baixo, que terá o custo de 5 cêntimos por quilo. O orçamento previsto para estas obras é de 350 mil euros. Quanto aos equipamentos, orçados em 196 mil euros, o Município irá adquirir 53 bancas novas em inox, e armários murais verticais para arrumos, máquina para fabricar gelo em escamas, depósito para armazenamento de gelo, câmara de conservação de peixe fresco, 16 meses para corte e lavagem e torneira misturadora com duche, 9 lava-mãos de chão, 16 mesas de apoio para colocação de máquina registadora, 5 torneiras misturadoras de chuveiro de parede, 38 cacifos sobrepostos e 19 cacifos de arrumos verticais. De acordo com o autarca as obras não vão ter lugar no Verão porque é uma altura de bastante afluência no mercado. Portanto, tudo indica que a remodelação terá inicio em Outubro. Durante os quatro meses de obras, o mercado irá temporariamente funcionar num pavilhão da zona agrária, junto à Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. “Já temos uma autorização da Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo do Oeste de utilização de um pavilhão que pretendemos adaptar e criar as condições mínimas para funcionamento do mercado”, apontou Tinta Ferreira. A Câmara não aumentará as taxas de utilização. Segundo o vereador, “a Autarquia não quer ter retorno financeiro deste investimento, as únicas taxas que vão ser criadas é a do gelo e uma taxa para a recolha e encaminhamento dos sub-produtos do peixe”. Os 14 vendedores de peixe que ocupam 50 bancas no mercado do peixe irão depois das obras de remodelação continuar a pagar a taxa de 22 euros (por banca) por mês. Uma padaria e um bar são outras infra-estruturas do mercado. Marlene Sousa