As ondas de sete a oito metros e o vento forte ajudaram a que a ondulação chegasse ao muro do Hotel Facho, na Foz do Arelho. A forte agitação marítima revelou a drástica redução do areal. A proprietária do bar Ala Norte disse ao JORNAL das CALDAS que está receosa com o estado do mar, apesar de saber que todos os Invernos o mar tira areia, repondo-a no Verão. “O mar tem vindo a avançar, mas como este ano não me lembro. Esta maré chegou às pedras junto ao bar”, afirmou Manuela Ferreira, que se mostrou “preocupada”. Vítor Dinis, porta-voz da Comissão de Protecção de Linhas de Água e Ambiente também se mostrou preocupado com a inacti-vidade das entidades competentes para resolverem este problema do avanço do mar que poderá estar relacionado com o assoreamento da Lagoa de Óbidos. “Não é de espantar a subida do nível das águas do mar, mas é preocupante saber disso e os responsáveis não intervirem no sentido de atenuarem esse avanço e subida das águas”, denunciou. O porta-voz defende a construção de um pontão para quebrar o avanço do mar, “de forma a não se perder mais areal”. Vítor Dinis alerta para que seja feita “uma intervenção já”, admitindo que “quanto mais tarde se intervir pior será para a praia da Foz do Arelho e para a Lagoa de Óbi-dos”. Águas do Oeste acompanha avanço das águas A empresa Águas do Oeste (AdO) tem vindo a acompanhar o avanço das águas na margem norte da Lagoa onde está enterrado o emissário submarino. No passado dia 22 realizou trabalhos de campo que visaram determinar com total precisão a distância a que, actualmente, se encontra o emissário de transporte das águas residuais tratadas de Caldas da Rainha, Foz do Arelho e Sistema de Saneamento dos Rios Real e Arnóia em relação à margem da Lagoa de Óbidos, o que permite ter maior rigor nas acções de monitorização que estão em curso. “Tem-se registado um recuo progressivo das areias da praia e a empresa iniciou por sua iniciativa uma monitorização sistemática da situação, estando actual-mente a realizar levantamentos topográficos semanais pormenorizados de toda a linha de costa na praia da Foz do Arelho e do limite do espelho de água da Lagoa, ao longo da Avenida do Mar e até ao ancoradouro próximo do parque de estacionamento”, descrevem. A partir da próxima semana, os técnicos da AdO, vão passar a observar de forma “dinâmica o movimento da crista do talude das areias da praia e da Lagoa de Óbidos, com o objectivo de se prevenir atempadamente qualquer situação que possa pôr em perigo a integridade estrutural, quer do Emissário da Margem Norte, quer do próprio Exutor Submarino”. Ainda assim a AdO destaca que “actualmente, esta situação não se coloca, dado que a crista do talude da areia na zona da praia está significativamente afastada do local onde se encontra instalado o Emissário da Margem Norte”. A empresa intermunicipal anuncia ainda que a articulação com o Instituto da Água (INAG) “tem sido total”, bem como estão igualmente envolvidos nos trabalhos em curso o presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, representantes da Câmara Municipal e dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha e da Administração de Região Hidrográfica do Tejo (ARH-Tejo). “Estão a ser realizadas reuniões semanais de trabalho entre as partes, na sede da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, desde o início do corrente ano, onde para além do natural acompanhamento da situação têm vindo a ser discutido e definido um conjunto de medidas que, eventualmente, possa vir a ser necessário implementar no terreno a curto prazo”, anuncia. Carlos Barroso
Ondulação esconde praia da Foz
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