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Administração paga salário de Dezembro

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Trabalhadores da Bordalo Pinheiro garantem apoio do Ministro da Economia O encontro dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro com o ministro da Economia, Manuel Pinho, realizado na passada quarta-feira, em Lisboa, deixou os funcionários “optimistas” quanto ao futuro. De acordo com o dirigente sindical José Fernando, o ministro “garantiu que vai ter muito rapidamente […]
Administração paga salário de Dezembro

Trabalhadores da Bordalo Pinheiro garantem apoio do Ministro da Economia O encontro dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro com o ministro da Economia, Manuel Pinho, realizado na passada quarta-feira, em Lisboa, deixou os funcionários “optimistas” quanto ao futuro. De acordo com o dirigente sindical José Fernando, o ministro “garantiu que vai ter muito rapidamente soluções para a Bordalo Pinheiro” e que “dentro de mês e meio” será apresentado um plano de viabilização para a empresa, que já está a ser estudado e que será, a partir de agora, discutido com a entidade patronal. Contudo, questionado sobre se esse plano de viabilidade inclui todos os postos de trabalho actualmente existentes, José Fernando disse que o ministro não tinha adiantado quaisquer pormenores sobre esta matéria. Segundo o sindicalista, citado pela agência Lusa, o ministro mostrou-se “conhecedor do problema” e preocupado, sobretudo, com a parte social, ou seja, com as dificuldades dos trabalhadores. “Saímos satisfeitos mas precisamos de mais, não só de palavras mas também de actos. Não queremos só um pequeno remendo, mas a continuação da empresa”, disse José Fernando, sugerindo que o plano de viabilização da empresa deve ter como estratégia uma aposta na organização, no marketing e na inovação. Enquanto a comissão de trabalhadores estava a ser recebida pelo ministro da Economia, os trabalhadores da Bordalo Pinheiro concentraram-se no Largo Camões, em Lisboa, pedindo o pagamento dos ordenados, a manutenção dos postos de trabalho e, a viabilidade da empresa. Os trabalhadores dirigiram-se depois ao Ministério do Trabalho, onde expuseram as mesmas preocupações. “São 125 anos de arte que não se pode deixar parar”, disse um funcionário da empresa, sustentando que “a crise não é desculpa para tudo” e que o problema “também passa pela gestão”. Os trabalhadores já receberam os salários de Dezembro de 2008. “A luta assente na unidade e coesão demonstrada pelos trabalhadores já forçou a entidade patronal a pagar o salário referente ao mês de Dezembro e o Ministro da Economia a assumir a responsabilidade de tomar as medidas necessárias para assegurar a manutenção da empresa. Este foi um passo importante que veio confirmar mais uma vez que vale sempre a pena lutar”, manifesta a central sindical CGTP-IN, que emitiu um comunicado onde saúda os trabalhadores da Bordalo Pinheiro pela “forma firme e corajosa como têm agido na defesa dos seus postos de trabalho”. Mas para o PCP das Caldas da Rainha, “a ameaça do encerramento da empresa e liquidação dos postos de trabalho continua a ser uma realidade”, considerando que a administração da Bordalo Pinheiro “não desiste das suas manobras” ao afirmar que necessita de 700 mil euros para pagar indemnizações e reduzir os postos de trabalho para metade (80). “Esta proposta demonstra a falta de respeito que tem pelos trabalhadores, depois de todos os sacrifícios que estes têm feito em defesa da empresa. Tiveram salários em atraso e continuaram a trabalhar, fizeram muitas horas extraordinárias, trabalharam sábados e domingos, em muitos casos ainda não pagos na totalidade. É mais uma tentativa de dividir os trabalhadores e quebrar a sua luta”, lamenta o PCP. O eurodeputado comunista Pedro Guerreiro apresentou uma “pergunta parlamentar” para ser respondida pela Comissão Europeia, procurando saber “que instrumentos podem ser disponibilizados para garantir a produção e os postos de trabalho”. O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através da deputada Cecília Honório, enviou ao Ministério da Economia e ao Ministério da Cultura, um requerimento solicitando esclarecimentos sobre o futuro da fábrica. “O Governo confirma a garantia de pagamento dos salários aos trabalhadores, bem como a realização de um plano de viabilização da empresa? Em que consiste o referido plano e que prazos estão previstos para a sua execução? Tendo em conta o relevante interesse público do espólio da Bordalo Pinheiro, nomeadamente as suas peças cerâmicas originais, desenhos e moldes, prevê o Governo o início do processo para a sua classificação como Conjunto de Interesse Nacional?”, são as questões colocadas. Os deputados Bruno Dias e António Filipe, num requerimento ao Ministério da Economia, perguntam se o Governo vai “intervir activamente, salvando a fábrica e todos os seus postos de trabalho”, defendendo a redução dos custos energéticos à indústria, a disponibilização de linhas de crédito e distribuição de fundos nacionais e comunitários para valorização da arte cerâmica. Na Assembleia da República, o social-democrata Feliciano Duarte questiona, em requerimento, “que apoios tem o Governo projectado conceder”. Num requerimento ao ministro da Cultura, o deputado socialista António Galamba questiona se “não considera o Ministério estarmos perante uma situação que do ponto de vista da salvaguarda do património histórico e cultural nacional exige uma intervenção urgente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), que adopte medidas provisórias previstas para bens classificados, ou em vias de serem classificados que corram risco de destruição, perda, extravio ou deterioração, aplicáveis aos moldes, desenhos e peças originais em posse da Fábrica Bordalo Pinheiro”. Defende também que sejam iniciados o processo de inventariação dos bens móveis e imóveis da Fábrica Bordalo Pinheiro e o procedimento destinado à sua classificação como Conjunto de Interesse Nacional. Entretanto, na passada segunda-feira a União dos Sindicatos de Leiria anunciou que os trabalhadores irão realizar uma marcha-manifestação no próximo sábado, a partir das 10h30, com concentração no Parque D. Carlos I, percorrendo as ruas da cidade. No final haverá um almoço de confraternização com os farnéis dos trabalhadores, em jeito de piquenique, no Parque. José Fernando revelou que a marcha é pela “viabilização da empresa e dos postos de trabalho”, pretendendo “sensibilizar a população para esta luta”. Segundo o sindicalista, apesar da administração ter pago o salário de Dezembro, “avisou que não pagaria o mês de Janeiro e voltou a sugerir a suspensão dos contratos”. Francisco Gomes (texto)

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