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Trabalhadores deixam apelos

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População caldense dificulta trabalho dos “homens” do lixo Eles são os homens e mulheres do lixo e desempenham a função de limpar e manter limpo todo o concelho. Eles e elas, funcionários da autarquia, andam pela cidade, mas poucas pessoas lhes dão uma palavra de elogio pelo trabalho, e até são chamados à atenção ou […]
Trabalhadores deixam apelos

População caldense dificulta trabalho dos “homens” do lixo Eles são os homens e mulheres do lixo e desempenham a função de limpar e manter limpo todo o concelho. Eles e elas, funcionários da autarquia, andam pela cidade, mas poucas pessoas lhes dão uma palavra de elogio pelo trabalho, e até são chamados à atenção ou mal tratados verbalmente se alguma coisa não fica totalmente limpa. Alguns deles trabalham durante o dia, outros laboram à noite, quando o concelho está a descansar e só com o som dos caixotes a bater se sabe da presença do homem do lixo, haja ou não chuva. O JORNAL das CALDAS recolheu algumas opiniões daqueles que limpam e trabalham para manter um concelho mais agradável, e que aproveitaram para apelar à população para que haja mais reciclagem, mais civismo e que não deite lixo para o chão. Alberto Carlos, de 54 anos, é o responsável da secção de limpeza há 28 anos e conta que manter o concelho limpo “é uma missão quase impossível dentro dos meios humanos e mecânicos que dispomos”. A secção de limpeza conta com 58 pessoas que todos os dias “dão o seu melhor, mas a população deveria colaborar mais”. “Gostava de ter o concelho num brinquinho e para isso apelo para as pessoas deixarem de deitar no chão o maço de tabaco, a beata, o saco de plástico, o guardanapo. As pessoas deveriam ter mais um pouco de civismo e guardarem o lixo até o deitarem numa papeleira ou caixote do lixo, porque a cidade tem esses equipamentos”, manifestou. Segundo Alberto Carlos, com esta colaboração “iríamos recolher menos lixo, o concelho andava mais limpo e todas as pessoas sentiam-se melhor”. O responsável considera que o trabalho “não é reconhecido, porque há pessoas que têm tendência para dizer sempre mal de tudo e não olham para as dificuldades que temos”. Ainda assim, a secção já recebeu alguns elogios, “mas é uma situação rara”, já que o rol das críticas “é em maior número”. Alberto Carlos se tivesse hipótese dava aos seus subordinados “fardas novas e um aumento de ordenado”. Manuel Ventura, de 53 anos, trabalha há 25 anos no serviço de varrer ruas. “Deveríamos ter botas e fatos, mas nós não temos fardas. O Governo dá um subsídio para fardamento mas nós não temos nada disso”, afirmou Este varredor contou que quase todos os dias “somos agredidos verbalmente se deixamos um pequeno papel na rua. As pessoas não têm a noção que nós temos uma volta muito grande para fazer e estamos a apanhar o lixo que elas deitam fora. Se houvesse mais colaboração o trabalho seria mais bem feito”. Manuel Ventura revelou ainda que “há dificuldade em varrer junto aos passeios porque se apanham muitos carros estacionados que prendem o lixo”. Denunciou ainda que “constantemente são apanhados soutiens, cuecas, pensos higiénicos, preservativos e todo o tipo de objectos inimagináveis”. A sua colega Ana Cristina, de 40 anos, trabalha no serviço de limpeza há um mês, embora tenha laborado nos sanitários da Foz do Arelho e ter pertencido a empresas que faziam a limpeza de instalações da autarquia. Esta trabalhadora declarou que “apanhar lixo nas ruas, fazer limpeza nos sanitários, é um trabalho que gosto de fazer”. Ana Cristina disse que não sente “complexos” em fazer este trabalho e que depois de ter tudo limpo fica “orgulhosa”. Ainda assim a trabalhadora diz que já apanhou “autênticos xaropes” durante a limpeza porque “há pessoas que por falta de civismo fazem as suas necessidades ao lado da sanita, no lavatório, nos balneários, etc”. Para que não volte a apanhar estes “presentes”, apelou a que as pessoas “aprendam mais cidadania”. ngelo Gaspar, de 28 anos, trabalha há dez anos no serviço de recolha de lixo, e também acha que “”deveríamos ter maisequipamento de protecção individual porque só temos umas luvas, capas e coletes”. Para suportar o mau cheiro, o truque “é colocar a cabeça fora do carro e aguentar a respiração”. “Há pessoas que têm os contentores vazios e metem o lixo no chão e depois os cães e gatos rasgam os sacos e nós é que temos de limpar isso tudo. Deveriam ter mais consideração pelo nosso trabalho”, sustentou. José Soares, de 49 anos, há quatro anos que trabalha na recolha do lixo e também pediu para “as pessoas terem mais bom senso, porque em vez de colocarem o lixo no contentor deitam-no no chão”. Américo da Cruz, de 48 anos, trabalha no serviço de lixo há 29 anos e considera que laborar neste serviço “é reconfortante e não o troco por nada”, adiantando que apesar de ter sido convidado para trabalhar em “outras secções ou em outras empresas” nunca aceitou. Carlos Barroso

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