Cerca de 200 pessoas marcaram presença na caminhada de chamada de atenção para um problema de saúde pública – o cancro da mama. Responsáveis do evento sublinharam a importância da prevenção de uma doença que tem cura quando diagnosticada a tempo. “Foi uma prova de que as pessoas estão sensibilizadas e juntos demos nas vistas para alertar para a importância do rastreio da mama”. Elvira Gonçalves, de 59 anos, descreve assim a sua participação na iniciativa “Caminhar pela Vida”, que juntou duas centenas de pessoas nas ruas do centro da cidade das Caldas da Rainha no passado domingo. Organizada pelo Centro Hospitalar das Caldas em parceria com a Liga dos Amigos e a Associação Vencer e Viver, o evento teve como objectivo sensibilizar a população para que efectue exames com frequência para que a doença possa ser detectada atempadamente. A concentração do passeio teve lugar às 10h00 junto na Estação da CP e percorreu algumas artérias da cidade. A caminhada passou ainda pelo Parque D. Carlos I e a mata, terminando na Praça da Fruta. Segundo a enfermeira Fernanda Rodrigues, elemento da organização desta caminhada, anualmente são detectados em Portugal 4500 novos casos e todos os anos morrem 1500 mulheres com esta doença. “Por dia são detectados 12 novos casos e quatro a cinco mulheres morrem com cancro da mama”, referiu Fernanda Rodrigues, acrescentando que “o cancro da mama é uma doença que tem probabilidade de cura quando diagnosticada a tempo”. Para ser diagnosticado em fase precoce, a enfermeira indicou que “a mulher deve aprender a apalpar a sua mama, verificar se há alguma alteração, dor ou sinal e dirigir-se ao médico de família e fazer o rastreio”. Segundo esta profissional de saúde, todas as mulheres acima dos 40 anos devem efectuar exames mamários com periodicidade anual e algumas que têm familiares com cancro deverão começar o rastreio abaixo dos 40 anos. Os exames, são segundo esta enfermeira, consistem numa mamografia acompanhada ou não de ecografia mamária. “Através da realização destes exames poderão ser avaliadas lesões mamárias ainda não palpáveis e portanto de menores dimensões, permitindo o seu tratamento em fases iniciais e a sua cura”, apontou. Segundo o médico Joaquim Urbano, o cancro da mama é uma doença que se desenvolve sobretudo na mulher (apenas um em cada cem se desenvolvem no homem) e tem uma alta mortalidade quando não detectado precocemente. “Actualmente existe muita informação sobre o cancro da mama, no entanto, toda a informação adicional que se faça é importante para chegar a um maior número de mulheres”, disse, acrescentando que a “prevenção é importante porque uma alimentação menos correcta, falta de exercício físico e tabaco podem contribuir para este tipo de patologia”. “Embora não saibamos como evitar todos os tipos de cancro, alguns podem ser detectados precocemente, de forma a ser administrado o tratamento adequado. Na maioria dos casos a detecção precoce e o tratamento imediato levam a um prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado um cancro, maior a probabilidade de cura”, adiantou o médico. O Centro Hospitalar vai continuar a realizar outros eventos como forma de sensibilizar a população em geral e as doentes que tratadas naquela instituição. Marlene Sousa
Caminhada na cidade alerta para a prevenção do cancro da mama

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