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Consultas sobre sexualidade procuradas por jovens que não querem engravidar Cerca de mil jovens já foram aconselhados pelas técnicas do Centro de Saúde das Caldas da Rainha nas diversas consultas de apoio à saúde juvenil e quase todos pediram preservativo, pílula, pílula do dia seguinte e até a nova moda, um método que não dê […]
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Consultas sobre sexualidade procuradas por jovens que não querem engravidar Cerca de mil jovens já foram aconselhados pelas técnicas do Centro de Saúde das Caldas da Rainha nas diversas consultas de apoio à saúde juvenil e quase todos pediram preservativo, pílula, pílula do dia seguinte e até a nova moda, um método que não dê nas vistas aos pais. As consultas são confidenciais e por isso o número de jovens tem vindo a aumentar, assim como os métodos de contracepção têm vindo a ser procurados pelos jovens, que apelam àqueles que menos se notem. Entre os mais procurados recentemente está o implante intradérmico, que é um bastonete colocado por debaixo da pele que liberta gradualmente e de forma contínua etonogestrel. Este sistema tem uma elevada eficácia contraceptiva desde as primeiras 24 horas, prolongando-se durante 3 anos, mas provoca alterações no ciclo menstrual em cerca de 6 meses a um ano, já que a mulher deixa de menstruar até à remoção do implante. Um outro método que tem vindo a ter alguma procura é o adesivo autocolante que liberta hormonas através da pele, as quais entram na corrente sanguínea, impedindo a ovulação, equiparando a sua eficácia à da pílula. Porém, nenhum destes métodos, nem mesmo a pílula mensal, ou a pílula do dia seguinte, evitam as doenças sexualmente transmissíveis. Aliás, é mesmo devido a essa condição que os jovens cada vez mais utilizam o preservativo como método contraceptivo na sua vida sexual, que cada vez começa mais cedo. Segundo Leonor Salvo, directora do Centro de Saúde das Caldas da Rainha e também médica que dá consultas no Centro da Juventude, a idade mais baixa que apareceu nestas consultas “foi dos 14 anos de idade”, apesar de a grande maioria se situar nos 15 e 16 anos, havendo depois uma faixa etária ligada a alunos da ESAD e da ETEO. “Os jovens com 14 ou 15 anos vêm por terem vida sexual activa enquanto que os mais velhos, com 17 e 18 anos, vêm porque querem começar a sua vida sexual. É mais fácil um jovem de 17 anos não ter vida sexual e vir aqui para conversar, do que os mais novos”, descreveu a médica. Porém, os grandes “clientes” são jovens da ESAD, mas também da ETEO, pela proximidade dos edifícios. Leonor Salvo revelou que o gabinete no Centro da Juventude, por estar numa área reservada, leva aos jovens estarem mais à vontade, ao contrário do que acontece no Centro de Saúde, onde são dadas as mesmas consultas confidenciais. “O atendimento que temos no Centro de Saúde não resulta tão bem, exactamente por não estar num local tão reservado. Os jovens têm vindo a procurar este atendimento por problemas de actividade sexual, apesar de estar aberto a outro tipo de aconselhamento”, referiu. Os utentes, “99% têm a ver com a vida sexual” e a maioria “vem para buscar métodos contraceptivos”, mas também para “ouvir e para tirar dúvidas”. O sexo feminino é quem mais acorre e desloca-se em grupos, procurando essencialmente pílula e preservativos. Apesar de haver também pílula do dia seguinte para distribuir nesta consulta, Leonor Salvo quer que “cada vez menos isso aconteça”. “Um caso por mês ainda vai acontecendo. Para já têm sido casos diferentes. A pílula do dia seguinte não é um método contraceptivo, nem para se usar muito mais do que uma vez”, indicou. A mesma opinião é partilhada pela enfermeira Fátima Neves, que embora saiba que existem algumas jovens que adquirem este medicamento na farmácia e o façam só como método contraceptivo, lembra que “é um recurso quando falham todos os outros. Tem contra indicações e se for utilizada com frequência tem consequências não muito boas para a saúde”. “Nós avisamo-las tanto que espero que não cometam mais esse erro. Mas a nossa maior preocupação é elas nem virem aqui, porque podem ir à farmácia e comprar a pílula do dia seguinte. Não há um controle absoluto de quem toma e de quem não toma porque não há cruzamento de dados entre as entidades”, relata a enfermeira. “A pílula do dia seguinte é uma contracepção de emergência porque tem uma dose muito elevada de hormonas que impede a ovulação ou pode provocar uma hemorragia. Mas também não é seguro e eficaz, porque a taxa de sucesso varia entre os 60% a 80%, depois das 24 horas seguintes ao acto”, explica. Leonor Salvo recorda que os jovens estão a procurar cada vez mais métodos contraceptivos que não dêem muito nas vistas, estando preocupados em fazer “uma vida sexual feliz, evitando a gravidez e as doenças nesta fase da sua vida”. Esta consulta, gratuita, confidencial para esclarecer dúvidas sobre a sexualidade, realiza-se de segunda a quinta-feira, das 15 às 18 horas. Carlos Barroso

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