A Arméria – Movimento Ambientalista de Peniche sustenta que os dois projetos de centrais fotovoltaicas para o concelho de Peniche divulgados recentemente “são diferenciados no que toca ao seu impacto”, considerando que o previsto para o Planalto das Cesaredas, na freguesia de Serra D’El-Rei “representa claramente uma ameaça ao sensível e valioso património natural e cultural”, enquanto que no apontado para Atouguia da Baleia “colocam-se dúvidas no que concerne à localização e enquadramento paisagístico”.
Sobre a central no Planalto das Cesaredas, com potência de 17,9MW, ocupando uma área de 36 hectares e contemplando aproximadamente 28 mil módulos fotovoltaicos e uma produção de 26GW/h por ano, a associação manifestou a sua oposição.
Em relação ao projeto para a freguesia de Atouguia da Baleia, junto a Porto de Lobos, com potência de 8MW, numa área de 13 hectares, com cerca de 18 mil módulos fotovoltaicos, que vão produzir 16 GW/h por ano, o equivalente ao consumo de quase oito mil habitações, a Arméria sublinha que “as questões ambientais serão menos relevantes”.
A Arméria reconhece a “extrema importância das energias renováveis e do combate às alterações climáticas”, no entanto, considera que “qualquer projeto de construção de uma central fotovoltaica terá obrigatoriamente de passar por um processo devidamente esclarecedor e transparente”.
“O ideal seria que a autarquia definisse previamente os locais do concelho passíveis de construção deste tipo de estruturas e as áreas a alocar, através de um processo de discussão pública, de forma a evitar a sobrecarga num território de área reduzida. Também as contrapartidas normalmente associadas a este tipo de investimentos deverão ser do conhecimento público, nomeadamente nos benefícios que aportam aos habitantes do concelho”, vinca o movimento ambientalista de Peniche.
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