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Conferência sobre “Turismo e Termalismo”

“A água é o elemento essencial para o desenvolvimento desta cidade”

O moderador José Viegas e os oradores Jorge Mangorrinha e Adolfo Mesquita Nunes

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A conferência sobre “Turismo e Termalismo”, organizada pela concelhia do PSD das Caldas da Rainha, que decorreu no passado dia 25, no café concerto do Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, deu início a um ciclo de eventos de debate em torno das questões mais relevantes para o concelho.

Conferência sobre “Turismo e Termalismo”

A conferência sobre “Turismo e Termalismo”, organizada pela concelhia do PSD das Caldas da Rainha, que decorreu no passado dia 25, no café concerto do Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, deu início a um ciclo de eventos de debate em torno das questões mais relevantes para o concelho.

O antigo secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, e o caldense especialista em termalismo, Jorge Mangorrinha, foram os oradores da sessão que terminou com vários comentários e questões da plateia.

Segundo a comissão política, foi uma noite de “reflexão sobre turismo e termalismo, com o objetivo de contribuir para as opções que venham a ser escolhidas nestas duas áreas fundamentais para as Caldas da Rainha”.

Jorge Mangorrinha fez uma apresentação sobre aquilo que pensa deve ser o termalismo das Caldas e aquilo que “o PSD neste momento também imagina com uma visão integrada do termalismo para a cidade e para a região”.

O especialista em termalismo disse que teve a oportunidade de fazer termas nas Caldas em abril e reparou que o hospital “está a precisar de ser regenerado e desenvolvido de outra forma”.

Declarou que a água é o elemento essencial para projetarmos o “desenvolvimento desta cidade” e defendeu a “renovação e prolongamento daquilo que existe”, considerando que “haverá o declínio se não houver uma visão estratégica integrada para o seu desenvolvimento”.

Deu o exemplo das termas de Bath, em Inglaterra, que renovou a sua oferta termal construindo um novo balneário que é um ícone da arquitetura termal em todo o mundo. “Para além de manter o património arqueológico e o antigo hospital termal, renovou a oferta com um magnífico edifício que acrescentou o número de visitantes”, referiu.

Como sustentou, a visão integrada é “precisamente para integrar outros setores para além do termalismo, que é a sua essência, e aí a ideia de fundar um Parque das Artes e da Saúde”.

Faz parte desta visão a construção de um balneário termal contemporâneo com uma área de “implantação entre os 2000 e os 4500 metros quadrados, para acolher piscina termal com hidromassagem, duche-de-vichy, hidropressoterapia, ginásio e técnicas de massagens e de estética”. Considerou ainda fundamental associar este projeto a um “centro de medicina desportiva e de reabilitação física”.

Quanto à localização do balneário termal, deu três opções: atuais instalações (Hospital Termal/Balneário Novo com o impacto patrimonial), antigo cemitério municipal (parada militar) ou compostagem da Mata (8700 metros quadrados).

Adiantou que “o conjunto termal ganha outra dimensão com a disponibilização de novas valências clínicas e terapêuticas, nas áreas de reumatologia, da medicina física e reabilitação e ainda atividades ligadas à investigação e à formação profissional”.

A cidade tem que ter vida”

Adolfo Mesquita Nunes, que é da Covilhã, disse que “quando se fala de turismo, Caldas e Covilhã têm uma coisa em comum”. “Nós vivemos muito com a convicção que não sabemos explorar a Serra da Estrela e eu sinto que a relação que Caldas tem com o termalismo é muito parecida, com a convicção que era possível fazer diferente e recuperar esse património”, manifestou.

O antigo secretário de Estado do Turismo disse que a construção de uma “imagem de um destino turístico já não pode ser apenas o que nós temos para oferecer”. “Temos que encontrar formas de comunicar que tenham a ver com o porquê, ou seja, com as motivações das pessoas”, salientou.

Segundo o orador, provavelmente a ideia de termas e bem-estar sejam insuficientes”, mas defende formas de estar em contacto com a água que pode ser uma “linguagem que permite encontrar mais caminhos”.

Outra ideia transmitida por Adolfo Mesquita Nunes é que quando uma cidade opta por assumir um determinado recurso, produto ou vocação é bom que “seja verdade não só para o turista, mas para quem cá vive”. “Nenhuma cidade é interessante se as ruas e cafés estiverem vazias”, apontou. “É verdade que o turismo dá uma vida muito grande à cidade, mas só cresce e floresce numa cidade que efetivamente vive”, declarou.

“Ou a cidade tem vida por si própria capaz de gerar massa crítica e com isso cria vida suficiente para que um turista aqui chegue e goste e participe ou então está-se sempre atrás do prejuízo”, adiantou.

O antigo governante referiu que também é muito importante saber comunicar o destino. “Como é que nós sobressaímos versus os outros”, questionou, revelando que é preciso “saber comunicar com as pessoas”.

Henrique Pereira, responsável pelo Água d’Alma Hotel, na Foz do Arelho, que foi o primeiro do público a intervir, disse que os turistas que vêm para as Caldas ficam cá um ou dois dias no máximo. Considera que se vive pouco a cidade e que há falta de investimento privado, ressalvando que há anos que a Foz do Arelho tem só dois hotéis.

O deputado e vereador do PSD Hugo Oliveira declarou que Caldas tem na sua história uma prevalência no termalismo terapêutico e é fundamental que continue a ter. “Tem que ter é o complemento e a procura da nossa era que é o bem-estar. O desafio para as Caldas é conseguir ter as duas áreas”, vincou Hugo Oliveira, referindo que aquilo que foi assinado com o Estado obriga à construção de um novo balneário.

Luís Brochada disse que “há uma vida para além do tratamento termal clássico”, defendendo que “se pense fora da caixa e que se gere um motivo para as pessoas virem para cá”.

O antigo presidente da câmara das Caldas, Tinta Ferreira, recordou as esgotadas negociações com a tutela sobre o Hospital Termal e que na altura deliberou aceitar a concessão do imóvel e do parque e da mata. O vereador do PSD revelou que o edifício do Hospital Termal precisa de requalificação.

António Marques disse que as pessoas vêm às Caldas pelo turismo cultural, que é o mais evidente, destacando os dez polos museológicos no raio de um quilómetro.

Fernando Costa salientou que como autarca nunca teria aceite a concessão do Hospital Termal, “que é responsabilidade do governo central, que nunca deveria ter abandonado aquele património”.

No final, Daniel Rebelo, presidente do PSD das Caldas, destacou “o interesse e a preocupação dos cidadãos com este tema, resultando em contributos e ideias que serão certamente úteis no desenho de propostas alternativas deste partido”.

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