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Morte nas Caldas foi um dos casos associados à demissão da ministra da saúde

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A demissão de Marta Temido do cargo de ministra da saúde está associada a um conjunto de casos verificados nos últimos meses no país e que colocou Caldas da Rainha no centro das atenções, dado ter sido nesta cidade que se verificou a primeira de várias situações que tornaram insustentável a manutenção da governante nas funções que exercia desde outubro de 2018.

A demissão de Marta Temido do cargo de ministra da saúde está associada a um conjunto de casos verificados nos últimos meses no país e que colocou Caldas da Rainha no centro das atenções, dado ter sido nesta cidade que se verificou a primeira de várias situações que tornaram insustentável a manutenção da governante nas funções que exercia desde outubro de 2018.

Em junho, uma fotógrafa de 35 anos, da zona de Peniche, aguardava com ansiedade a sua segunda filha, mas viu-se privada dessa alegria após um incidente na urgência pediátrica, que estava encerrada para admissão de novas utentes, informação que não tinha sido tornada pública. Os resultados da inspeção instaurada pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde colocaram a nu as debilidades do Serviço Nacional de Saúde.

Outra grávida de 34 anos, do Bombarral, teve de ficar à espera no estacionamento do hospital das Caldas da Rainha para ser levada para Leiria. A gestante não estava prestes a dar à luz mas tinha perdido sangue, o que motivava preocupação. Não lhe deram ficha de admissão e comunicaram-lhe para procurar outra instituição. No meio de tamanha aflição teve a ideia de pedir ajuda através do 112 e o que se passou foi que os bombeiros das Caldas da Rainha acabaram por ir buscá-la ao parque de estacionamento do estabelecimento de saúde e transportaram-na para o hospital de Santo André, onde foi atendida.

Foi a partir de então que começaram a ser conhecidos os condicionamentos e os fechos destas urgências em várias zonas do país, por falta de médicos para preencher as escalas, sendo as pacientes reencaminhadas para outras unidades, o que não impediu mais mortes, em casos em que as grávidas foram desviadas dos hospitais onde se tinham dirigido inicialmente.

Marta Temido teve de lançar um plano de contingência por causa dos problemas na organização de escalas de urgência externa de ginecologia e obstetrícia, mas os problemas acabaram por não ser resolvidos.

Por exemplo, a falta de uma incubadora no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em julho, obrigou à transferência de uma grávida para o Hospital de Cascais, mas não havia transporte. Só algumas horas depois é que o serviço foi assegurado por uma ambulância que se deslocou desde Peniche.

Em agosto, uma grávida residente na Amora, no concelho de Seixal, teve de percorrer mais de centena e meia de quilómetros entre hospitais porque estavam encerrados, vindo o bebé a nascer nas Caldas da Rainha. A Administração Regional de Saúde abriu um processo de inquérito para apuramento das circunstâncias.

Apesar das polémicas, a demissão da Ministra da Saúde apanhou de surpresa a opinião pública, que sustenta que, mais do que pessoas, é preciso é mudar de políticas e estratégias de saúde.

A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste defende que “o governo deve disponibilizar aos ministros tudo o que for necessário a vários níveis, para que de uma vez por todas, se tenha uma saúde condigna no país, a que todos temos direito”.

Para a Federação Nacional dos Médicos “é imperativo que esta mudança não sirva como distração ao difícil momento que estamos a atravessar e que não adie as negociações que – finalmente e a muito custo – se iniciaram, em julho, com os sindicatos médicos, onde existiu um compromisso de negociar uma nova grelha salarial, além de outras medidas urgentes – como a revisão das carreiras médicas, a criação do estatuto de penosidade e risco acrescido, a implementação de um novo e verdadeiro regime de dedicação ou a valorização do trabalho em serviço de urgência”.

Por outro lado, os autarcas da região receiam que a construção do novo hospital do Oeste conheça agora um impasse, uma vez que era com a ministra que decorria o diálogo sobre o processo.

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