O posto da GNR de Peniche encontra-se numa “situação terceiro-mundista e inadmissível”, estando “pejado de pragas de baratas e ratazanas” e a situação higiénica “é preocupante e agrava-se com a falta de condições mínimas”, denuncia a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), para quem a degradação das instalações ultrapassou todos os limites.
“Aparece pêlo de rato nas casernas onde os profissionais pernoitam e a instalação elétrica dos fogões e o fundo de algumas gavetas dos armários na cozinha foram destruídos pelas ratazanas”, descreve Rui Sousa, coordenador da associação na região Centro, adiantando que a aplicação de raticida em vários pontos do posto e a colocação de armadilhas não resolveu o problema.
A situação higiénica é “agravada com a falta de condições mínimas para os profissionais”, sustenta, apontando que “apenas existe um chuveiro e um lavatório para todo o efetivo, os restantes estão inoperacionais, as portas das casas de banho estão-se a desfazer e não fecham, não concedendo qualquer privacidade”.
O edifício é centenário e já desde o século passado que existem queixas sobre a degradação do imóvel.
Em 2017, o Ministério da Administração Interna admitiu que o posto da GNR “não apresenta as condições adequadas para o desempenho da missão de uma força de segurança”.
O Governo autorizou a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna a assumir os encargos com a empreitada de remodelação do edifício, mas a obra, que chegou a estar prevista arrancar em 2021, foi adiada, sem indicação de nova data.
A ideia de construção de um novo quartel da GNR, na freguesia rural de Atouguia da Baleia, também não teve avanço, assim como uma eventual transferência para as instalações da Unidade de Controlo Costeiro da GNR de Peniche.
A Câmara Municipal de Peniche aprovou ceder dois apartamentos ao posto da GNR, mas segundo a APG/GNR até agora essa solução temporária não foi posta em prática.
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