A Assembleia Municipal de Torres Vedras aprovou por unanimidade, no último dia de novembro, uma moção de repúdio à posição do presidente da câmara das Caldas da Rainha ao defender a construção do novo hospital da região no seu concelho.
Os deputados municipais de Torres Vedras criticaram “a iniciativa individual do presidente da Câmara das Caldas da Rainha de pressionar a ministra da Saúde, utilizando argumentos subjetivos que não colhem qualquer tipo de veracidade e muito menos justificados pela realidade”, lê-se na moção.
A Assembleia Municipal “reconheceu a importância do estudo que está a ser desenvolvido” e frisou que vai “respeitar as suas conclusões” quanto ao perfil assistencial e a localização “num ponto central”, tendo em conta a população servida da nova unidade hospitalar, e “aceitar os resultados do estudo”.
Segundo a agência Lusa, a Assembleia Municipal defendeu que “os argumentos aduzidos pelo presidente da Câmara das Caldas da Rainha revelam uma completa e total falta de conhecimento sobre a realidade demográfica, assistencial e territorial do Oeste e em particular sobre o concelho de Torres Vedras”.
Os deputados torrienses teceram críticas à “agenda política pessoal” do autarca caldense, Vitor Marques, “ao arrepio das posições e iniciativas assumidas da Comunidade Intermunicipal do Oeste”, considerando que “os oestinos e em particular a população de Torres Vedras não se reveem nem podem aceitar que, mais uma vez, alguns, por interesses particulares, coloquem em causa o interesse coletivo”.
A 11 de novembro, uma comitiva de autarcas de Caldas da Rainha, liderada por Vitor Marques, reuniu-se com a ministra da saúde, Marte Temido.
“Sobre a localização do novo hospital para a região Oeste, foi sublinhado pelos autarcas que Caldas detém todas as condições para acolher esta infraestrutura, pela centralidade e pelas condições que a cidade tem para receber e fixar os profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que venham a ser contratados”, referiu a Câmara das Caldas da Rainha na ocasião.
“Sendo Caldas o polo que, por razões geográficas, mais necessita de uma urgência médico-cirúrgica corretamente dimensionada, a melhor solução para os cuidados hospitalares seria a conjugação de um único hospital (nas Caldas da Rainha), complementado com clínicas de ambulatório noutros locais, por exemplo, Nazaré, Peniche e Torres Vedras”, foi defendido pela autarquia caldense.
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