João Paulo da Cunha, responsável pela Associação Médica Olhar (AMO), clínica especializada na prestação de cuidados de saúde na área da oftalmologia, com instalações em Lisboa e Caldas da Rainha, assinalou 25 anos na prestação de cuidados de saúde.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS disse que tem uma preferência “pela área da cirurgia, pelo seu resultado” e gosta “das consultas, pelo relacionamento humano que permitem estabelecer”.
Licenciado em 1989 em medicina, João Paulo da Cunha terminou a especialidade de oftalmologia em 1996. “Nesse mesmo ano iniciei um ciclo de estudos na área da neuroftalmologia, tendo posteriormente realizado um mestrado nessa subespecialidade”, contou.
Em 2012 iniciou o doutoramento em medicina, terminando em 2015 na área da oftalmologia e doença de Alzheimer.
Apesar de ser filho e neto de médicos, só aos 18 anos decidiu ir para medicina.
Completar 25 anos de especialista em oftalmologia, coincide com a data em que começou a trabalhar nas Caldas da Rainha, que é para João Paulo da Cunha “um marco muito importante”. “Por um lado, pelo gosto de trabalhar nesta linda cidade, que é ao mesmo tempo refúgio terapêutico e artístico para tantos portugueses, por outro lado, é muito gratificante ao fim de 25 anos constatar que tive a oportunidade de trabalhar em tantas áreas da oftalmologia e consegui adquirir e acumular experiência em áreas tão interessantes como a neuroftalmologia, a oftalmologia pediátrica e a cirurgia de catarata/implanto refractiva (miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia)”, explicou.
A AMO é, segundo o médico, um projeto de 2014 que teve início em Lisboa, “quando mudei de instalações e posteriormente resolvi abrir também nas Caldas da Rainha, no ano em que completei 50 anos de vida”, contou.
O balanço tem sido tão positivo que sente que foi “um presente de aniversário para mim e espero que para os caldenses também”.
“É um espaço pequeno e muito familiar, com um ambiente de trabalho absolutamente encantador, pelo que estou muito agradecido aos meus doentes, aos médicos que comigo integram a equipa de oftalmologistas da AMO, mas também às colaboradoras Adélia, Ilda e Verónica, com quem trabalho há tantos anos”, referiu.
Os avanços em áreas da oftalmologia foram, de acordo com este responsável, “imensos nas últimas décadas”. “Desde os tratamentos laser para a córnea, íris, cristalino e retina, a cirurgia de catarata com lentes intraoculares premium, de modo a permitir não só a recuperação da visão, mas também maior independência de óculos”.
O especialista em oftalmologia destacou ainda os tratamentos de doenças da retina, que “permitem, hoje em dia, dar alguma resposta a algumas retinopatias que não tinham qualquer tratamento”.
“Tal como em muitas áreas da medicina, também na oftalmologia os doentes têm beneficiado muitíssimo desta constante inovação e atualização”, apontou.
João Paulo da Cunha acredita que o médico, apesar de ter a obrigação de estar “constantemente atualizado e de ser tecnicamente eficiente, eficaz e seguro, deve também deixar transparecer o ser humano que é”. “Para mim, é a forma mais simples e fácil de praticar medicina”, salientou.
A pandemia trouxe a teleconsulta. Segundo este responsável, “o medo inicialmente instalado enfraqueceu todas as relações humanas e isso teve repercussão na necessidade de cada doente recorrer ao seu médico até para doenças crónicas, pelo que algumas evoluíram de forma menos satisfatória, no entanto, mantivemos toda a atividade de urgência e reforçámos a teleconsulta que já existia”.
“Também o maior isolamento social e o maior recurso às tecnologias e ecrãs aumentaram as queixas de olho vermelho/olho seco, mas creio que a relação médico-doente não foi minimamente beliscada pela pandemia, pelo contrário”, adiantou.
Para João Paulo da Cunha, “a saúde visual tem enorme impacto na qualidade de vida”. “Não só tratar, mas prevenir é importantíssimo, pelo que obviamente as pessoas em geral não podem nem devem ir apenas quando já não veem bem”, aconselhou.
Diz o especialista que a prevenção começa na infância, afirmando que os “pediatras e os médicos de Medicina Geral e Familiar das Caldas têm o enorme sentido de responsabilidade e referenciam muitíssimo bem as crianças ao oftalmologista”.
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