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CDU defende que “um novo hospital vai permitir concentrar serviços dispersos”

Mariana Martinho

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O novo Hospital do Oeste, que “com 414 camas, 40 camas de Cuidados Intensivos, onze salas de operações, cinco salas de parto, uma unidade de hemodiálise com dezoito postos e cerca de 60 mil metros quadrados, deverá ser instalado num local equidistante, acompanhado de uma boa área circundante, de preferência verde, com bons acessos à autoestrada”, afirmou João Durão Carvalho, membro da Comissão Nacional para as questões da saúde do Partido Comunista Português (PCP). Foi o perfil traçado durante o debate sobre o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que se realizou na passada sexta-feira, no auditório da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha.
Oradores da sessão promovida pela CDU

A sessão, que foi promovida pela candidatura da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara Municipal das Caldas da Rainha teve como intuito “aproveitar a altura de campanha eleitoral para falar sobre esta obra, que é muito importante para os “oestinos”, começou por explicar o candidato à Assembleia Municipal, Vítor Fernandes.

Esta questão, segundo apontou, é “uma luta já antiga, que começou com os prometidos investimentos para compensar a não construção do aeroporto da Ota, durante o governo de José Sócrates, e que se agravou com a criação do CHO e com tudo o que foi feito para a perda de valências do centro hospitalar das Caldas da Rainha”.

O comunista disse que o CHO “foi considerado como um dos piores centros hospitalares que existem a nível nacional, com falta de recursos humanos, equipamentos obsoletos, instalações degradadas e sem uma unidade de cuidados intensivos, nem ligação aos cuidados primários”.

A par disso, o partido considera que “é imperiosa a construção de um novo Hospital do Oeste, como todas as pessoas falam e reclamam, já que todos os partidos dizem que é preciso um novo hospital, mas o tempo vai passando e as promessas vão ficando adiadas”. Enfatizou ainda que “sem mobilização da população e força política, não vamos lá”.

“O que é verdade é que a história nos tem dado razão, que é preciso um novo hospital para a região do Oeste”, apontou António Barros, candidato da CDU à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, aproveitando a ocasião para elencar as várias deficiências do atual hospital e as propostas do partido para melhorar a situação.

Nesse sentido, “queremos um novo hospital no sul do distrito que garanta as condições e tudo o quanto sirva para satisfazer as necessidades dos utentes, que aqui estão a ser muito mal tratados, com encerramento de extensões de saúde”. Sobre o papel dos autarcas das Caldas nesta matéria, António Barros referiu que “não podemos dizer que o atual presidente não tenha responsabilidades na situação”.

Para falar sobre o tema foi convidado Durão de Carvalho, da Associação dos Engenheiros e Arquitetos Hospitalares, que disse que “o CHO é um problema gravíssimo, em que a sua dispersão entre as três unidades e sua má qualidade geram prejuízos elevadíssimos em saúde”. Além disso, “a atividade existencial do CHO tem vindo a sofrer algum desgaste ao longo do tempo, em que os dias de internamento baixaram 3,1%, e o número de doentes em lista de espera aumentou 24%”.

Durão de Carvalho considera que a dispersão dos serviços pelos três hospitais que compõem o CHO tem “consequências graves e gastos operacionais muito elevados”. “Este centro hospitalar é quase o mais caro de todos, em que de facto esta dispersão custa muito dinheiro”, frisou o convidado, adiantando que o centro hospitalar tem um número de trabalhadores abaixo da média nacional.

Recordou ainda que para o último Orçamento de Estado o PCP propôs um projeto de construção de um novo Hospital para o Oeste, que o PS votou contra. “O mesmo PS que, cinicamente, tem os seus autarcas e candidatos às autarquias a defender o Hospital”, rematou, adiantando que esta proposta do será novamente apresentada no próximo Orçamento de Estado para 2022.

Para responder às necessidades da região, e tomando como exemplo os dados de hospitais noutras áreas do país com uma população equiparável à do Oeste, o novo Hospital, que terá um custo de 172 milhões de euros, “deverá ter 414 camas, 40 camas de Cuidados Intensivos, onze salas de operações, cinco salas de parto, uma unidade de hemodiálise com dezoito postos e cerca de 60 mil metros quadrados, deverá ser instalado num local equidistante, acompanhado de uma boa área circundante, de preferência verde, com bons acessos à autoestrada”.

O membro da Comissão Nacional para as questões da saúde do PCP defendeu não só a existência de especialidades básicas, como também as intermédias, como Estomatologia, Infeciologia, Reumatologia, Endocrinologia e Anatomia Patológica, ou ainda Nefrologia, esta última com internamento. Propôs ainda as valências de Psiquiatria, Cardiologia, Neurologia e Oncologia Médica.

Além das 414 camas, o novo hospital deverá ter 63 gabinetes de consultas, um bloco operatório para a cirurgia programada e urgente, um bloco central com seis salas, uma cirurgia de ambulatório com quatro salas, e uma cirurgia obstetra com cinco salas de dilatação e de partos, e uma de cirurgia para “conseguir responder às necessidades”.

No que diz respeito à Unidade de Cuidados Intensivos, o orador salientou que “deveria haver mais camas em cuidados intensivos organizadas em três clusters de 12 ou 14 camas”.

Para a metodologia do novo hospital, Durão Carvalho referiu que “é preciso um estudo da estrutura demográfica e morfológica, bem como a sua evolução na área de influência, e ainda um levantamento da situação existente para assim se conseguir definir a carteira de serviços do hospital e a sua dimensão”.

A par disso referiu que “é fundamental um planeamento e definirmos o perfil do hospital o quanto antes, bem como o conjunto de especialidades que deve ter, pois um novo hospital vai permitir concentrar serviços dispersos, racionalizar recursos tecnológicos, promover o espírito de equipa do corpo médico, atrair novos profissionais de saúde e mais população, e reduzir custos”.

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