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Restaurantes reabrem com novas regras mas desesperam por clientes

Mariana Martinho

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Os restaurantes caldenses abriram portas na semana passada, com novas regras na área devido ao surto de Covid-19, mudando assim a disposição das salas e reforçaram as medidas de higienização. Contudo, a maioria queixa-se da falta de clientes e das poucas refeições servidas nesta primeira semana de reabertura.
Os responsáveis pela Tasca do Bairro

A nova fase do calendário de desconfinamento em Portugal trouxe várias reaberturas, nomeadamente os restaurantes, que depois de cerca de dois meses com as portas fechadas por causa da pandemia, reabriram “quase sem clientes”. É o caso do restaurante Tasca do Bairro, na rua Orfeão Caldense, e que em média servia por dia 60 almoços. “Neste momento, o número máximo de almoços que servimos foram 18 já com serviço de take-away incluído”, referiram os responsáveis pelo restaurante, Luis Correia e Paulo Sousa, adiantando que antes da pandemia “tudo indicava que este seria um bom ano para o negócio”.

Apesar da falta de clientes, a Tasca do Bairro continua a servir refeições com todos os reforços de higiene e medidas de segurança implementados no espaço, de modo a “reconquistar a confiança dos clientes”, mas “até agora o negócio não tem corrido muito bem”. Além da criação de circuitos e do gel desinfetante, que “os clientes devem utilizar, tanto à entrada como à saída”, o restaurante reabriu com a lotação da sala reduzida, passado “dos 68 para bem menos de metade” e só serão permitidas pessoas no espaço que usem máscaras de proteção. “Caso o cliente não tenha a máscara consigo, a tasca também vende”, esclareceram os responsáveis.

No que diz respeito à ementa, o restaurante já utilizava o sistema de uma ementa fixa e optou por manter os atoalhados por debaixo das toalhas de papel descartáveis, sendo esses trocados entre clientes e lavados todos os dias. “Todas as zonas de contacto frequente, como maçanetas, torneiras de lavatórios, mesas e bancadas são desinfetadas pelo menos seis vezes por dia com recursos a detergentes adequados”, explicaram os proprietários, indicando que todos os utensílios só são colocados na mesa quando os clientes estiverem sentados. No fundo “estamos a fazer de tudo para que o cliente se sinta novamente à vontade e confiante para poder regressar ao nosso espaço, mas até agora tem sido difícil”, reconheceram.

Este restaurante de cozinha tradicional portuguesa também optou reforçar o serviço de take-away, como forma de tentar contornar a redução de almoços servidos. No entanto, “essa solução não tem servido para compensar a perda de clientes”, lamentaram os responsáveis, que atualmente só servem almoços, encerrando o espaço às 15h00.

Apesar da “fase difícil”, Luis Correia e Paulo Sousa optaram por manter os preços das diárias e “aguardar por dias melhores”.

O Selim reduziu o número de refeições servidas

À semelhança do que sucede na Tasca do Bairro, também o restaurante O Selim, na descida para o Parque D. Carlos I, continua a servir refeições com todos os reforços de higiene e medidas de segurança implementados, mas agora com o “espaço mais reduzido” e com a “disponibilização de álcool gel para desinfeção de mãos à entrada”.

Aberto há mais de 25 anos, no centro histórico da cidade das Caldas da Rainha, O Selim nunca esteve parado durante a pandemia, funcionando até aqui em regime de take-away. “Solução essa que foi muito fraca, e agora com a abertura do espaço ao público ainda pior”, lamentou o proprietário, adiantando que o número de refeições servidas tanto para fora como no restaurante baixou muito, comparativamente ao que tinham antes da pandemia.

Para o responsável, “o negócio está prejudicado em todas as situações, e por isso, cabe-nos manter a qualidade de serviço que tínhamos antes e esperar que os clientes regressem”. Para isso, Abel Vinagre teve de reinventar e readaptar o restaurante à nova realidade, de modo, a “cumprir rigorosamente as regras que a Direção-Geral da Saúde criou” para o setor da restauração.

Nesse sentido reduziu a lotação da sala, de 30 para 10 lugares, retirou todos os objetos de decoração e trocou as tradicionais toalhas de tecido pelas toalhas descartáveis, entre outras medidas. No que diz respeito à ementa, e “para evitar que estes objetos sejam manuseados por muita gente, foram substituídas por ementas plastificadas e desinfetadas após cada utilização”. Entre clientes, “tudo é desinfetado e higienizado”.

“O Selim já tinha todos esses cuidados, que agora serão redobrados para a segurança de todos”, frisou o responsável, que também decidiu manter os preços e o horário de funcionamento do espaço.

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