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Caldas da Rainha já conta com doze “caixas solidárias” registadas

Mariana Martinho

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À medida que os dias em confinamento passam, surgem cada vez mais caixas solidárias no país e no concelho de Caldas de Rainha não é exceção. Esta iniciativa, que consiste em colocar uma caixa na rua que recolhe bens alimentares para aqueles que mais necessitam, conta atualmente com doze "caixas solidárias" registadas pelos diversos pontos do território caldense.
Caixa Solidária na Avenida da Independência Nacional (foto Francisco Gomes)

A ideia nasceu em Cascais através de Nuno Botelho, cidadão que se lembrou de pegar numa caixa, encher com bens alimentares e colocá-la num jardim, para quem precisasse de ajuda alimentar. Pouco tempo passou até que os vizinhos se apercebessem e começassem também a contribuir.

Entretanto, Nuno criou um grupo nas redes sociais -@caixa.solidaria- não só para informar as pessoas da localização da caixa, como para incentivar outras a replicar a iniciativa nos seus bairros, de forma a que cada um “leve o que precisar, deixe o que puder”.

De norte a sul, foram já várias as cidades que receberam a iniciativa nos últimos dias, contando atualmente com 1505 caixas solidárias registadas por todo o país. No caso das Caldas da Rainha, o projeto chegou há cerca de uma semana, e atualmente, conta doze caixas solidárias, de acordo com a página.

Duas delas instaladas na cidade, uma na Avenida da Independência Nacional e outra no Bairro dos Arneiros, junto ao Quiosque da Fonte Luminosa, são da iniciativa da caldense Cristina Pinto em co-autoria com Sofia Sousa e Liliana Dias.

Cristina Pinto conheceu a Caixa Solidária através do Facebook, onde atualmente estão “quase sessenta mil membros”. “Andava a pensar numa forma de fazer qualquer coisa e tornar-me útil à sociedade, e acabei por descobrir nas caixas solidárias uma forma de o fazer”, explicou a caldense.

Para além de replicar a ação nas Caldas da Rainha, Cristina Pinto decidiu partilhar o cartaz nas redes sociais de modo a atrair a atenção das pessoas, que não tardaram a abraçar a causa. “Os caldenses que estavam no grupo abraçaram a ideia, replicando as caixas em vários pontos da cidade”, frisou, adiantando que assim “acabamos por ajudar pessoas, que realmente precisam de ajuda, e que acredito que são cada vez mais”.

As caixas solidárias funcionam com base numa “ideia simples, que ao mesmo tempo é genial”, sendo que a “única coisa que é preciso fazer é que alguém tenha a iniciativa de colocar uma caixa na zona onde mora”. Além da caixa é preciso “deixar um cartaz de forma a identificar a iniciativa e posteriormente as pessoas acabam por proativamente irem lá depositar alimentos para que outras pessoas possam ir buscar”.

No fundo, “a ideia é que os que podem, possam partilhar, e que aqueles, que não podem, possam ir buscar alimentos, de forma suprimir as necessidades básicas”. Além de bens de primeira necessidade, previamente higienizados, Cristina Pinto apela a que as pessoas deixem bens de higienização pessoal, bem como bens alimentares para animais de companhia, ou seja, “tudo aquilo que não se estrague e que possa ser depositado nas caixas para que as pessoas possam levar com segurança”.

Natacha Sklyaruk tem um café junto ao Centro de Saúde das Caldas da Rainha e deixou pão. “Devemos ajudar quem mais precisa, e hoje como sobrou pão resolvi entregar aqui para as pessoas que realmente precisam”, frisou.

O apelo à solidariedade é crescente e apesar de a caixa estar há poucos dias na rua, a resposta dos habitantes junto à Fonte Luminosa tem sido “muito boa”, referiu o responsável pelo Quiosque Fonte, Ricardo Filipe, adiantando que “quem tem menos recursos é quem mais tem contribuído para a caixa”, que é higienizada várias vezes ao dia. Igualmente referiu que “quem vem buscar os bens alimentares, vem sobretudo durante o período da noite”, garantindo-se assim a privacidade necessária.

Para além de outras caixas colocadas na cidade, a ação já chegou a Tornada (junto à farmácia), Bairro Social, Salir de Matos (junto ao salão paroquial) e A-dos-Francos (no átrio da Junta de Freguesia).

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