À frente da equipa está Jacqueline Branco, que depois de assistir ao apelo da costureira caldense, Cheila Mendes na rede social, por donativos e voluntários que pudessem ajudar a costurar e a comprar material para os profissionais de saúde do Hospital de Caldas da Rainha, decidiu partilhar o vídeo num grupo do facebook, do qual faz parte, e onde existem mais de quatro mil membros estrangeiros.
“Em poucas horas havia uma lista com mais de trinta pessoas voluntárias para cortar e coser o material”, contou ao JORNAL DAS CALDAS a sua filha, Laura Branco, que também faz parte da “’Equipa de Corte e Costura”. Após esta “grande oferta de ajuda”, o movimento solidário entrou em contacto com a costureira caldense para “colocar as mãos à obra e começar a costurar”.
Num curto espaço de tempo, os voluntários transformaram as suas casas em espaços de costura, com a intenção de “dar o seu melhor e ajudar a manter os nossos enfermeiros e médicos protegidos”. Do ateliê das manas Mendes, o tecido partiu para os voluntários para ser cortado e cosido, e “passados uns dias já estava transformado em batas”.
Para que houvesse mais doações, Jacqueline Branco resolveu fazer um apelo na sua página pessoal do Facebook, e em menos de 48 horas conseguiu angariar mais de dois mil euros. Esses donativos foram feitos sob anonimato e transferidos para a empresa que compra o material.
Atualmente, a ‘Team Cut&Sew’ conta ainda com donativos, o que deixa a responsável “muito contente feliz e com o sentimento de dever cumprido”. “Esta é uma tarefa às vezes complicada de manusear tanta gente e tanto material na altura de recolha e distribuição, mas quando entregamos à Cheila sacos e sacos com equipamentos de proteção individual dos profissionais de saúde é uma enorme satisfação enorme”, sublinhou Laura Branco.
O movimento solidário tem recebido pedidos, mensagens, até contactos de pessoas, de norte a sul do país, a solicitar equipamento de proteção já costurado, pois “não têm quem saiba ou quem cosa esse tipo de proteção”. “Sente-se a dor, mesmo através de uma chamada telefónica, a dor destas pessoas e até mesmo a dor que os profissionais estão a passar, a trabalhar sem nada, alguns até sem máscaras”, frisou Laura Branco, adiantando que esta será “uma iniciativa que estamos a pensar fazer, ainda não sabemos como nem quando, mas o que sabemos de certeza é que queremos ajudar estas pessoas, que estão a gritar por ajuda e já não sabem a quem pedir”.
Nesse sentido, “vamos continuar a trabalhar enquanto for preciso. Não só por esta causa, mas por todas as outras e as que virão. De braços abertos com o coração cheio”.
Além deste gesto, Jacqueline Branco recentemente ofereceu ovos da páscoa às crianças mais carenciadas e angariou fundos para outras causas sociais ao longo do ano.
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