De acordo com a confraria das “Malandrices das Caldas”, fazem parte canecas de faiança que integram, no seu interior, um pénis ereto furado na base e no cimo, para a circulação do líquido e para fazer esguicho para os olhos quando se emborca a caneca, o verdadeiro segredo desta paródia”.
Além disso refere que a “Caneca das Caldas” traduz “uma importante manifestação cultural associada à cerâmica, que sempre teve nesta região valor económico e dinamizador de emprego através de diferentes gerações e que tem, presentemente, uma acrescida relevância patrimonial, no sentido de desmontar preconceitos e motivar a vivência da produção cerâmica autêntica e distintiva, que deve ser um objetivo dos nossos dias, do ponto de vista sociocultural”.
Na candidatura é ainda explicado que a “Caneca das Caldas” e a arte cerâmica fálica em geral “contribuem para a monitorização do estatuto de “Caldas da Rainha, Cidade Criativa da Unesco (Arts & Crafts)” e para despertar o nascimento do projecto “Falium, Festival de Arte Urbana”.
Nesse sentido, “trabalhamos para a conquista de um contexto cada vez mais inclusivo, para ser possível abordar a questão das “Malandrices das Caldas” de uma forma que possa chegar a todos os tipos de público, mesmo às camadas mais sofisticadas, pela arte e pela elegância, com os artesãos, que continuam a manter viva a tradição antiga”.
As Andorinhas e o Zé Toma na Barrica, duas candidaturas da Associação Empresarial dos Concelhos de Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO), estão também nomeados enquanto candidatos à edição das “7 Maravilhas da Cultura Popular”.
A ACCCRO elaborou duas candidaturas na categoria de Artesanato, em parceria com o associado Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. As Andorinhas e o Zé Toma na Barrica, peças cerâmicas icónicas da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro, foram as eleitas para integrar este concurso.
Aguarda-se a decisão da segunda fase, em que o painel de especialistas vota para escolher patrimónios regionais organizados por sete categorias, num total nacional que pode atingir os 420 patrimónios regionais.
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