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Arquivo Municipal das Caldas da Rainha

Rui Calisto

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Vem-me à memória uma notícia publicada num jornal caldense, datada de 24 de abril de 2009, quase, portanto, há dez anos. Esse apontamento dava conta da instalação do Arquivo Municipal das Caldas da Rainha na Casa Amarela, na Quinta da Saúde. Imóvel que está situado à entrada do Centro de Artes e que, como se pode ver atualmente, continua vazio, sem nenhum arquivo, e sem nenhuma outra utilidade. Na ocasião estava a ser preparada uma candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégia Nacional), para a obtenção de fundos que seriam aplicados na recuperação física do imóvel em questão – que naquela conjuntura já se encontrava em delicado estado de degradação.
Rui Calisto

A nota dava ainda conta do aconselhamento que a Câmara Municipal recebeu do, então, responsável pelo Arquivo Distrital de Leiria, bem como do envolvimento do PH (Património Histórico), e do, à época, vereador do Planeamento e Urbanismo. Porém, todas as cabeças juntas não conseguiram tomar nenhuma decisão. Dando sinais de que ninguém se entendeu quanto à real localização do projeto. Mesmo assim, a Câmara Municipal manteve o interesse em que a instalação do Arquivo Municipal fosse na Casa Amarela, mas, com a demora nas resoluções a tomar, logicamente, a Câmara perdeu a oportunidade de conseguir o primeiro financiamento, bem como o de, até, 50%, através do PARAM (Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais) da responsabilidade do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, como resultado: O projeto definhou.

Nesta minha coluna, no dia 31 de janeiro de 2018, publiquei o artigo “Instituto Histórico e Geográfico de Caldas da Rainha”, que dava conta da necessidade de existir neste concelho uma instituição que recolhesse, tratasse e preservasse todo o acervo histórico e geográfico, pertença de particulares, para a salvaguarda da memória caldense.

Ainda na sequência desse artigo publicado a 31 de janeiro de 2018, entreguei, no dia 1 de março de 2018, à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Caldas da Rainha – N. S. do Pópulo, Coto e S. Gregório, da qual sou deputado, a proposta de “criação e fundação do Instituto Histórico e Geográfico de Caldas da Rainha”, fundamentando sobre a necessidade do concelho possuir uma instituição dessa envergadura.

O revérbero não ocorreu, e a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Caldas da Rainha – N. S. do Pópulo, Coto e S. Gregório atirou o assunto para trás das costas. Não ouvi nenhum eco vindo da Assembleia Municipal. Não me chegou nenhuma nota da Câmara Municipal. O que me faz crer que, atualmente, tanto o “Instituto Histórico e Geográfico de Caldas da Rainha” quanto o “Arquivo Municipal das Caldas da Rainha” não sejam de interesse dos nossos autarcas por, provavelmente, ser um projeto que não se reflita em votos nas urnas.

Está, mesmo, tudo por fazer, no que trata à investigação e à recolha de toda a memória histórica e geográfica do nosso concelho. Nenhuma ação educacional pode aproximar as pessoas da história e da geografia das Caldas da Rainha se não existir uma instituição que recolha, trate e proteja o acervo patrimonial documental institucional e popular.

A criação de um “Arquivo Municipal” ou de um “Instituto Histórico e Geográfico” permitirá, além do que já citei, o entendimento de todos os aspetos de preservação, reflexão e difusão da memória das Caldas da Rainha, contribuindo, não só para o crescimento cultural da população local, mas, também, para a evolução do povo português de um modo geral.

Pode não trazer muitos votos a candidatos e partidos, mas, trará respeito e admiração futura a quem colocar em prática a ideia. Espanta-me, assim, que isso ainda não tenha mexido com a soberba e a vaidade de alguns políticos locais.

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