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A Linha do Oeste e o Veículo Ligeiro sobre Trilhos (VLT)

Rui Calisto

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A atual Linha do Oeste é uma vergonha nacional. Cada governante que assume funções desenrola uma série de promessas, palavras de circunstância, sobre a recuperação de todas as funcionalidades dessa Linha. Um palavreado que ultrapassou, em muito, a fasquia do bom senso, uma lengalenga, um chorrilho modorrento, que já não convence ninguém.

Como alternativa, assumindo uma postura independente e chamando a si a responsabilidade, creio que as Câmaras Municipais, de todas as localidades alcançadas pela Linha do Oeste, deveriam unir-se em torno de um projeto alternativo, o VLT (Veículo Ligeiro sobre Trilhos), movido a energia elétrica.

Uma rede de trens leves, de pequeno porte, tecnicamente capacitados para a fazer a ligação entre: Figueira da Foz, Fontela, Bifurcação de Lares, Alfarelos, Louriçal, Monte Real, Leiria, Marinha Grande, Maceira-Liz, Valado, São Martinho do Porto, Caldas da Rainha, Bombarral, Outeiro, Ramalhal, Torres Vedras, Pero Negro, Malveira, Mafra, Sabugo, Mira Sintra-Meleças e Agualva-Cacém, ocorrendo, então, nesta última, o transbordo para Lisboa, através da Rede de Comboios Suburbanos.

Creio que, essa opção conseguiria suprimir as inúmeras falhas que existem, relacionadas com o transporte ferroviário de passageiros entre essas localidades, especialmente no verão, aquando da procura pelas praias. Sendo, também, um facilitador para o turismo em geral, pois poderia transportar com eficácia, segurança e conforto os que visitam todo esse território, e uma mais-valia para os que preferem um transporte não poluente e tranquilo que os leve para o trabalho.

O VLT é um sistema que pode utilizar os trilhos do caminho de ferro tradicional. A sua capacidade média seria suficiente para abarcar os utentes de toda a rede que compõe a Linha do Oeste, permitindo excelentes ligações entre o meio rural e urbano, fomentando o crescimento das regiões por ele abrangidas. É um veículo de construção económica, pois a sua estrutura não é tão pujante como a de um comboio comum. É silencioso, ecológico, confortável e veloz. Pouco seria o gasto com a implementação da Linha, pois, a ligação por trilhos já existe (necessitando, com certeza, de uma série de reparos em diversas partes do percurso. As despesas com as obras, obviamente, seriam de responsabilidade das Câmaras Municipais envolvidas). Cada VLT poderia ser composto por quatro, cinco ou seis vagões articulados, dependendo da necessidade e da época do ano. O seu abastecimento poderia ser feito por um trilho central ou através da catenária (a rede aérea).

A estimativa de velocidade dentro das cidades é de 30km/hora, já a ligação entre municípios poderia atingir os 50km/hora. Pode parecer pouco, porém, é muito mais rápido do que aquilo que, atualmente, nos oferece a Linha do Oeste.

Uma Linha, politicamente independente do Governo central, que possa chegar a toda a população envolvente, pode ser o primeiro passo para a sua própria salvação. Só uma medida radical como a da implantação do VLT pode acabar com o caos que se abateu sobre a rede ferroviária.

O primeiro passo deve ser dado por quem mais necessita da Linha do Oeste: Os municípios que são abrangidos por ela.

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