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Missa nas Caldas em honra de polícias falecidos em serviço

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Nos últimos vinte anos morreram em serviço três dezenas de agentes da PSP em serviço e em média por dia três polícias são alvo de agressões, revelou o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), que realizou na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, nas Caldas da Rainha, no passado domingo, uma missa em homenagem aos […]
Missa nas Caldas em honra de polícias falecidos em serviço

Nos últimos vinte anos morreram em serviço três dezenas de agentes da PSP em serviço e em média por dia três polícias são alvo de agressões, revelou o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), que realizou na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, nas Caldas da Rainha, no passado domingo, uma missa em homenagem aos polícias falecidos no exercício de funções, onde reclamou o agravamento das penas a aplicar a quem pratique agressões contra as forças policiais. “A impunidade é muita e tem de haver uma revisão das leis penais no sentido de proteger as agressões aos agentes. Os suspeitos deviam ficar detidos e depois serem presentes a processo sumário ao juiz em vez de serem apenas identificados e irem embora em liberdade, para depois o processo ir para inquérito e ao fim de anos cair no esquecimento”, manifestou António Ramos, presidente do SPP. “Tenho 33 anos de polícia e já vi morrer muitos colegas em serviço. Quisemos fazer uma homenagem a estes homens, que os governantes ao longo dos anos e a própria instituição têm esquecido”, sublinhou. Apesar de desde 2009 não ter havido nenhuma morte em serviço, o presidente do SPP mostrou-se preocupado com o facto do número de agentes da PSP que cometeram suicídio nos últimos vinte anos – 92 – ser o triplo dos que morreram em serviço. O dirigente do SPP considera que a situação se deve ao desajuste salarial com a profissão de risco exercida. “São vários fatores. Temos muitos polícias endividados porque a remuneração é baixa, estão deslocados das famílias, é uma profissão de desgaste, de pressão, de stress, e em que as chefias não ajudam, porque quando um homem tem um problema arranjam mais três ou quatro”. Maria da Conceição, viúva do chefe da PSP de Lagos, Sérgio Martins, abatido em 2005 quando efetuava uma operação para capturar sete assaltantes de uma caixa multibanco, esteve presente na missa nas Caldas da Rainha e revelou que ainda está à espera que o tribunal resolva a atribuição de uma indemnização de 130 mil euros, por danos patrimoniais. “Seria uma ajuda para os meus dois filhos”, contou, lamentando ainda a “falta de segurança e poucos meios” ao dispor da PSP no exercício de funções. “Tenho um irmão que é polícia e todos os dias sinto medo que lhe aconteça algo”, confessou. A viúva, de 50 anos, que reside agora nas Caldas da Rainha, acha que a justiça podia ter ido mais longe, defendendo que devia ter sido aplicada a pena máxima – 25 anos aos mentores do gangue, que foram condenados a 22 anos. Outros quatro elementos do grupo apanharam seis anos e seis meses de prisão e um outro seis anos de cadeia. “Espero que pelo menos cumpram até ao fim. Sei que um deles há dois anos foi posto em liberdade mas dias depois foi apanhado por outro crime. Dos outros não sei nada”, relatou. “Há situações imprevisíveis, quando saímos de casa não temos a certeza que voltamos”, comentou o presidente do SPP. António Ramos lamentou ainda o caso verificado nas Caldas da Rainha, onde dois agentes terão sido notificados da pena de 60 dias de suspensão por ter usado máscaras numa viatura policial, alegadamente devido a maus cheiros no interior. “As viaturas têm de estar operacionais e não fazer os agentes respirar gases. 60 dias de suspensão é Inconcebível. Não faz sentido processos às pessoas”, comentou. A missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição realizou-se pelas 11h30 e foi celebrada pelo padre Joaquim Duarte. Contou com a presença dos deputados da República e vereadores na Câmara Maria da Conceição e Manuel Isaac, de elementos do SPP, de um representante do Ministério da Administração Interna e do comandante da divisão da PSP das Caldas da Rainha. A comitiva do SPP deslocou-se até às Caldas da Rainha num autocarro cedido gratuitamente pela Câmara Municipal de Oeiras. Francisco Gomes

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