A barragem de Alvorninha, inaugurada em 2005 pelo então primeiro-ministro Santana Lopes e pelo Patriarca José Policarpo, continua sem funcionar em pleno, estando neste momento em novas sondagens e testes que os agricultores dizem não serem necessários. O actual Governo não sabe o que se passa com o equipamento, uma vez que o INAG ainda não entregou a obra. À margem de uma visita em Óbidos, à barragem do Rio Arnóia, o JORNAL DAS CALDAS interrogou o secretário de Estado da Agricultura sobre o atraso no funcionamento da barragem de Alvorninha, situação que José Diogo disse claramente não saber, mas prometeu visitar e ir inteirar-se do que se estava a passar. “Não sei o que se passa, mas tenho a certeza que me vão contar o que se passa. Vamos uma a uma, tentar resolver os problemas. Na próxima visita ao Oeste iremos tentar saber o que se passa em Alvorninha”, afirmou. Já o presidente da Junta de Alvorninha, Virgílio Santos, revelou que o INAG e o LNEC entenderam não emitir a licença de utilização porque têm dúvidas sobre a água que passa por debaixo da barragem. “Na opinião deles, os números entregues pelas empresas que fizeram as medições são um bocadinho além daquilo que é normal. Mandaram despejá-la até à quota 93 no ano passado para serem feitas sondagens na cortina de impermeabilização. É por aqui que supostamente está a fuga. A Junta de Freguesia tentou retardar essa decisão junto da Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), com o apoio da Junta de Agricultores e da Câmara. Chegámos a acordo de despejar a barragem até Abril, até à quota 97, que daria para regar durante o período crítico de rega”, explicou o autarca. Em Abril e Maio deste ano a barragem já foi usada pelos agricultores, mas não os 150 hectares inicialmente previstos. Cerca de 50 hectares de pomares foram regados com água da barragem durante todo o Verão deste ano que se estendeu até Outubro. Segundo o presidente da Junta, “foi aberto um concurso para serem feitas sondagens com a barragem descarregada e com o fim desses trabalhos podem chegar à conclusão de que não há problema nenhum anormal, dando ordem para fechar definitivamente e mandar encher ou darem ordem se forem encontrados valores anormais e, uma vez que já há financiamento, para reparação”. Em qualquer destes casos Virgílio Santos garante que nesta fase a água da barragem não faz falta porque estamos no Inverno, mas já a partir de Março, quando chega o calor, mesmo que tenha de ser feita alguma reparação, deve a albufeira ter alguma água que chegue para regar pelo menos 50 hectares de terrenos agrícolas. “A descarga da barragem foi entendida como uma medida preventiva, mas julgamos ser exagerada, uma vez que as sondagens poderiam ser feitas com o plano de água normal. Se tiver que haver intervenção, vamos negociar com o INAG e LNEC para que deixem encher até à quota que sirva de rega para o ano que vem”, disse. Devido a estes atrasos todos, não há mais solicitação do que os 50 hectares de pomares para regar, apesar do projecto previsto englobar 150 hectares de terrenos. Quanto ao projecto de regadio, segundo o presidente da Junta, “está completo e pronto a ser usado”, fazendo notar que se em Março todos os agricultores quiserem usar a rega, “podem fazê-lo”. Carlos Barroso
Barragem de Alvorninha a meio-gás
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