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Bióloga caldense descobre espécies únicas

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Duas novas espécies únicas no mundo, um pseudo-escorpião e um escaravelho cavernícolas, foram descobertas pela bióloga caldense Sofia Reboleira em grutas do Algarve, do Montejunto e na Serra d’Aire e Candeeiros. “É uma descoberta absolutamente fascinante” disse a bióloga, que fez a descoberta do pseudo-escorpião, considerado “uma relíquia” por ser um dos exemplares “mais modificados […]
Bióloga caldense descobre espécies únicas

Duas novas espécies únicas no mundo, um pseudo-escorpião e um escaravelho cavernícolas, foram descobertas pela bióloga caldense Sofia Reboleira em grutas do Algarve, do Montejunto e na Serra d’Aire e Candeeiros. “É uma descoberta absolutamente fascinante” disse a bióloga, que fez a descoberta do pseudo-escorpião, considerado “uma relíquia” por ser um dos exemplares “mais modificados ao longo de milhões de anos em que se adaptaram para viver debaixo de terra”. Sem antecessores vivos à superfície, este invertebrado de dois centímetros, que só existe nas grutas do Algarve, é apontado como “um gigante”, já que o tamanho destes animais oscila, normalmente, entre um e cinco milímetros, explica a bióloga, que reside nas Caldas da Rainha. A descoberta, que confere um maior grau de interesse à fauna cavernícola portuguesa, revela “informação evolutiva importante”, já que o pseudo-escorpião evoluiu para características como “não ter olhos, ter patas grandes, e um extremo alargamento das pinças”, acrescenta. Publicada em revistas científicas especializadas em zoologia, a descoberta da portuguesa sucede a outra publicada que oficializa a descoberta de uma nova espécie de escaravelho cavernícola encontrado nas grutas do Montejunto (Cadaval). Denominado “Trechus Tatai” o escaravelho descoberto por Sofia Reboleira aumenta para quatro o número de espécies de escaravelhos cavernícolas (três dos quais descobertos pela bióloga). “Vive exclusivamente ali, é despigmentado e tem os olhos muito reduzidos” descreve a investigadora, sublinhando a raridade do escaravelho, cuja sobrevivência depende da matéria orgânica arrastada pelas águas para o subsolo e para o qual “a poluição e destruição de grutas significam perigo de extinção”. Também em Março de 2007 a investigadora tinha descoberto duas novas espécies de escaravelhos, até aqui desconhecidas mundialmente e que estavam nas grutas da Serra d’Aire e Candeeiros, o único habitat destes insectos que se conhece em todo o mundo, descreve o site “Ciência Hoje”. “Só se conhecia uma espécie de escaravelho cavernícola do maciço calcário estremenho [característico da Serra d’Aire e Candeeiros] e passamos a conhecer três”, afirmou na altura a bióloga e espeleóloga da Universidade de Aveiro. No âmbito da realização da sua Tese de Mestrado, a cientista desceu a cerca de cem metros de profundidade e foi surpreendida com a descoberta de dois novos escaravelhos que habitam exclusivamente no subsolo das grutas da Serra d’Aire e Candeeiros. “Só existem numa parte daquelas grutas e em mais lado nenhum do mundo”, frisou. Sofia Reboleira explicou tratar-se de “espécies em vias de extinção”, uma vez que pelo facto de estarem confinadas a um único habitat têm uma “população extraordinariamente reduzida” e são muito “sensíveis à poluição e às alterações do habitat”. Por outro lado, “não sobrevivem” à superfície e “apenas se reproduzem no interior das grutas”, fazendo depender dessa condição de isolamento e privação da luz algumas das suas características, como o aspecto despigmentado ou os olhos reduzidos, a que a própria evolução da espécie os conduziu. As três espécies de escaravelhos, que se distinguem pelas características genitais do macho, provêem contudo de uma espécie ancestral comum que se foi reproduzindo, criando diferenças que deram origem a novas espécies. As duas novas espécies do escaravelho do maciço calcário estremenho vão ser pela primeira vez divulgadas à comunidade científica mundial, num artigo que irá ser publicado em Maio numa revista alemã da especialidade. A descoberta remonta ao ano de 2007, altura em que a revista National Geographic publicou um artigo sobre o trabalho de campo desenvolvido pela bióloga no âmbito da tese de mestrado (no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro), que veio a apresentar em Dezembro do mesmo ano, sob a orientação científica dos docentes Fernando Gonçalves, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Artur Serrano, da Faculdade de Ciências de Lisboa, e Pedro Oromí (da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha) e financiado pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia. Sofia Reboleira é natural das Caldas da Rainha, onde nasceu em 1980, licenciou-se em biologia, é mestrada e doutoranda pela Universidade de Aveiro. Especializada em Biologia subterrânea, já publicou diversos artigos científicos, dando a conhecer novas espécies para a Ciência. Desde 2004 que Sofia Reboleira passa largas temporadas em instituições científicas no estrangeiro, como Universidade de La Laguna, Universidade de Alcalá e a Station biologique de Roscoff em França. É espeleóloga e o seu gosto pela exploração de grutas aliado à sua formação académica foram essenciais para ditar a sua especialização em fauna subterrânea. Carlos Barroso

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