Os deputados socialistas da OesteCIM saíram da sala da reunião para não votarem o prolongamento do horário da sessão que tinha por base uma proposta sobre a educação. Este incidente manchou o desenrolar dos trabalhos de uma comunidade que se quer democrática, participativa e que fale numa só voz, e que nesta mesma reunião um deputado da Nazaré apelou a isso mesmo, “à união do Oeste”. “Quando está em causa a nossa terra, mais do que partidos devemos defender a nossa terra”, disse António Caria, da CDU. O presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel, que até tinha pedido a palavra, acabou mesmo por prescindir da intervenção, pelo comportamento tido pelos deputados de ambos os partidos, mas essencialmente dos seus colegas socialistas, por terem abandonado a sala. Esta reunião contrariou muitas outras onde houve união e unanimidade de ideias, após discussões serenas e correctas, algo que não aconteceu nesta sessão, que mancha a união do Oeste. “A que horas acaba a reunião. Eu oponho-me à votação. Isto é uma pouca vergonha. Viva a democracia. Nem na feira isto acontecia. Isto é uma péssima imagem para o Oeste. Só faltam as pistolas”, foram algumas das palavras ditas na sala do plenário, onde se gerou uma grande confusão com a saída dos deputados do PS, que desta forma não votaram a moção sobre a educação e sobre o alegado corte de verbas nos Externatos do Oeste. “Foi entregue um documento antes da uma e pergunto se há consenso para continuar a reunião. Se não há consenso, vamos votar o documento”, disse o presidente da mesa da Assembleia OesteCIM. A moção acabou por ser aprovada com dez abstenções e 28 votos a favor e com os deputados do PS, que estavam preocupados com o prolongamento do horário da sessão a falarem no exterior do edifício sobre o que se tinha passado no interior e também indignados por terem sido fotografados a ausentarem-se da sala. Carlos Barroso