Há dois anos que são campeões nacionais de pesca à bóia e este ano sagraram-se vice-campeões europeus na mesma modalidade, mas ainda não conseguiram que as autoridades locais lhe dessem o apoio correspondente a esse sucesso. Os elementos da pesca à bóia do Centro Recreativo de Salir do Porto queixam-se da falta de apoios, lembrando que no ano passado não foram ao campeonato da Europa porque a prova foi em França e não havia verba. “Éramos campeões portugueses e não fomos representar o país porque não tivemos apoio. Este ano conseguimos ir porque a prova europeia foi em Portugal”, lamenta Heraldo Carmo. “A pesca funciona nos mesmo moldes que outro desporto qualquer, onde há campeonatos individuais e por clubes nas diferentes divisões. Todos os anos há subidas e descidas de divisão. Este ano poderemos revalidar o título de campeões nacionais, mas os apoios são escassos”, reforça o dirigente. Neste desporto, é pescado essencialmente tainhas, mas pode-se apanhar qualquer espécie porque cada grama conta para atingir o objectivo final, que é vencer. “Em Portugal, todos os desportos que não têm uma bola não são apoiados. São vistos como desportos de menor importância. Somos campeões nacionais, mas para o resto da população isso não é reconhecido. Nós fazemos isto por passatempo e outros países têm competidores profissionais”, esclarece Heraldo Carmo. “Gostávamos que a equipa de pesca à bóia tivesse o mesmo tipo de apoio que uma equipa que compete numa determinada competição e que se sagra campeã ou que sobe de divisão. Queríamos o mesmo tipo de apoio”, rmanifesta, dando como exemplo o apoio que a Câmara deu por exemplo ao Sporting das Caldas ou ao Caldas Sport Clube quando sobem de divisão ou são campeões nas competições onde estão envolvidos. António Morgado, que foi capitão da equipa, pede para que as entidades oficiais e patrocinadores olhem para a pesca de outra forma. “Nós temos dois pescadores na selecção nacional que foi campeã da Europa, fomos campeões nacionais e vice-campeões europeus. Se tivéssemos mais apoios poderíamos ter mais títulos”, sublinha. Carlos Barroso