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Lobos Lusitanos há seis anos a dialogar com os jovens sobre temas sensíveis

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Há seis anos que o Motoclube Lobos Lusitanos, com sede nas Caldas da Rainha, e o município de Alcobaça promovem o projeto “Conversas Informais” nas escolas daquele concelho, através do qual são abordados temas sensíveis, como o bullying, o cyberbullyig, a violência doméstica e no namoro, a sexualidade, as adições e a xenofobia.

Há seis anos que o Motoclube Lobos Lusitanos, com sede nas Caldas da Rainha, e o município de Alcobaça promovem o projeto “Conversas Informais” nas escolas daquele concelho, através do qual são abordados temas sensíveis, como o bullying, o cyberbullyig, a violência doméstica e no namoro, a sexualidade, as adições e a xenofobia.

Este é um projeto pioneiro no país, “não havendo nada remotamente semelhante e os resultados não poderiam ser mais satisfatórios”, explicou Genoveva Amaro, técnica do Serviço Educativo da Câmara de Alcobaça e que também faz parte do clube de motards.

Ao longo destes anos já foram alcançados quase três mil alunos, fazendo parte do Plano de Atividades Educativas do município de Alcobaça. Todas as escolas do município podem inscrever-se para receber este projeto.

Em fevereiro e março deste ano realizaram-se oito sessões, no Externato Cooperativo da Benedita e na Escola 2/3 + Secundária da São Martinho do Porto.

Nestas conversas, “queremos chegar aos jovens adultos, a partir do 9º ano de escolaridade, onde muitas vezes verificamos haver uma barreira geracional, linguística, cultural, social e até de grupo que faz com que não se consiga comunicar com esta faixa etária”.

Ao realizar estas ações com os elementos do clube de motards, com uma imagem fora do habitual, pretendem também quebrar estereótipos e promover a singularidade própria de cada um e simultaneamente o espírito de grupo e entreajuda para a promoção de uma cidadania ativa, saudável e consciente.

“Pode-se andar de mota, usar brincos, ter tatuagens e barba e não ser um criminoso”, comentou Genoveva Amaro. É sempre com surpresa que os jovens que participam nestas conversas descobrem que estes motards, com as suas longas barbas e tatuagens, têm profissões como polícia, como é o caso de Alfredo Anastácio, que é o presidente do clube, ou técnico de informática (Miguel Passos, vice-presidente).

No entanto, não deixam de referir que, por vezes, há uma “moda” entre alguns motards de optar pela “bandidagem”, muitas vezes por inspiração em séries e filmes norte-americanos.

A forma como abordam os alunos, de uma maneira descontraída, faz com que estes acabem por partilhar as suas histórias e ouvir as partilhas uns dos outros. Logo no início da sessão garantem que não estão ali para fazer juízos de valor ou dizer para “irem nesta ou naquela direção, porque a responsabilidade é sempre vossa”.

Assim, podem falar, por exemplo, sobre o consumo de drogas e o efeito que este pode ter no seu futuro. “É normal que tenham curiosidade em experimentar muita coisa”, comentou Miguel Passos, acrescentando que é preciso ter noção dos riscos. “Começa por ser uma diversão e nunca ninguém acha que pode acabar a arrumar carros para sustentar o vício”, referiu Alfredo Anastácio.

Um dos alertas foi para o facto de mesmo as chamadas “drogas leves” terem atualmente maior a quantidade de THC (a substância que provoca os efeitos psicoativos da cannabis), o que tem provocado muitos surtos psicóticos entre os jovens.

“Quando eu era jovem fumar uma ganza era como beber uma cerveja, agora é como se fosse um whiskey, porque é muito mais forte”, explicou Alfredo Anastácio.

As conversas são também sobre o futuro profissional de cada um e uma abordagem do que é o mercado de trabalho. Muitos jovens acabam por admitir que estão a pensar em emigrar, por considerarem que em Portugal não conseguirão ter uma vida financeiramente estável.

O objetivo passa igualmente por promover o amor-próprio e a autoconfiança, criando empatia e respeito pela diferença.

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