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Chumbada moção de repúdio por afirmação de Montenegro sobre novo hospital

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A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha chumbou, na reunião de 28 de novembro, uma moção do Vamos Mudar a repudiar as afirmações de Luís Montenegro, presidente do PSD, sobre o novo hospital.

A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha chumbou, na reunião de 28 de novembro, uma moção do Vamos Mudar a repudiar as afirmações de Luís Montenegro, presidente do PSD, sobre o novo hospital.

A 15 de novembro, em declarações à RTVON numa visita a Torres Vedras, Luís Montenegro, afirmou que “nós precisamos do hospital novo e creio que se nos embrulharmos em discussões apenas focadas na localização estamos a dar argumentos para adiar mais a sua construção”.

O líder do PSD afirmou ainda que “o que nós queremos mesmo é que o hospital veja a luz do dia”, adiantando que “neste momento há uma localização que foi escolhida e é preciso andar para a frente com o projeto, executá-lo”.

A moção refere que as declarações proferidas “desrespeitam o trabalho realizado por todos, em particular nesta Assembleia Municipal, em defesa do que se considera ser a localização mais adequada para o Hospital do Oeste, com base nos argumentos e evidências que se tem apresentado”.

A moção foi apresentada pelo deputado José Luís Almeida (VM), depois de Pedro Brás, presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, ter aproveitado o período destinado às intervenções dos presidentes de Junta para se referir às palavras de Luís Montenegro.

Pedro Brás começou a sua intervenção elogiando o apoio financeiro da Câmara das Caldas nas obras do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.

“Já sabíamos a posição do governo PS, que é gravemente prejudicial para o nosso concelho”, disse, adiantando “ficámos estupefactos com as declarações do líder do PSD” sobre a localização do novo hospital.

O deputado municipal Paulo Espírito Santo respondeu que “o ónus do anúncio da localização do hospital não é do PSD” e que as declarações de Luís Montenegro foram feitas “num determinado contexto e sob uma certa pressão, com uma pergunta que condicionava a resposta”. Isto por as declarações terem sido feitas “em Torres Vedras e por o jornalista de um órgão de comunicação social do sul da região”.

Para o deputado do PSD, não faz sentido estar a criar divisões entre os representantes locais dos partidos políticos.

Na sua opinião, “a queda do governo sem uma decisão formalizada é uma oportunidade para o executivo poder condicionar uma futura escolha”.

O deputado Jaime Neto (PS) referiu ainda que é necessário fazer passar a mensagem de que fazer o novo hospital nas Caldas é o melhor para a região e para o país, tendo em conta a rede urbana nacional.

Por outro lado, o deputado José Luís Almeida (VM) mostrou-se preocupado por “um possível futuro primeiro-ministro responda a situações concretas de acordo com o sítio onde está”.

O presidente da Câmara referiu que “admitimos que não tenha toda a informação e por isso temos que lha fazer chegar”, assim como aos candidatos dos outros partidos.

Vitor Marques salientou ainda que não se pode admitir tantos períodos de encerramento no serviço de urgências.

A reunião ainda foi interrompida para os líderes de cada bancada poderem chegar a um acordo em relação à moção, mas esta acabou por ser votada tal como estava.

Paulo Espírito Santo lamentou que o Vamos Mudar não mantivesse a unanimidade que sempre houve em relação às questões do novo hospital.

O deputado do PSD criticou também que a moção se referisse diretamente a um líder partidário, quando nunca houve nenhuma, por exemplo, em relação ministro da Saúde ou ao primeiro-ministro.

Embora lamentasse as declarações de Luís Montenegro, o socialista Jaime Neto considera que a Assembleia Municipal não se deveria pronunciar desta forma em relação a estas. “É dar-lhe uma importância que não merece”, afirmou.

O presidente da Junta da Foz do Arelho, Fernando Sousa, também se pronunciou contra esta moção. “Não me revejo nestas guerras, sempre estivemos unidos.

A moção acabou por ser reprovada com os votos contra dos sociais-democratas e do presidente da Junta da Foz, mais as abstenções do PS.

PSD e VM em colisão

Já depois da Assembleia Municipal, o PSD das Caldas reagiu à apresentação desta moção, considerando que foi “uma tentativa de retirada de dividendos políticos relativamente a uma matéria que sempre nos uniu, o Hospital”.

O presidente do PSD caldense, Daniel Rebelo, considera que esta posição do VM “hostiliza um dos candidatos a primeiro-ministro que, caso saia vencedor, terá uma importância crucial na decisão deste processo”.

Também Hugo Oliveira, vereador e deputado na Assembleia da República pelo PSD, se pronunciou lamentando que o VM esteja a usar as declarações de Luís Montenegro para “combate político”.

O deputado entende que “não passou de uma tentativa falhada de fazer baixa política (curioso é vir de um movimento que se diz contra a política instalada)”.

Na sua opinião, as declarações foram retiradas do contexto e depois disso já teve “a oportunidade de transmitir a Luís Montenegro a discordância e desconforto em conversa sobre o assunto”.

Hugo Oliveira acredita que este irá esclarecer a sua posição quando houver oportunidade.

“Ao que pude perceber e sem divulgar conversas particulares, o líder do PSD perante anúncio consumado e efetuado pelo ministro da Saúde da localização do novo hospital limitou-se, nesse sentido a transmitir que seria fundamental e essencial para o oeste que este fosse construído com celeridade”, explicou o deputado.

Em comunicado, o Vamos Mudar acusa o PSD local de ir contra os interesses dos caldenses “Entre a defesa dos interesses de Caldas da Rainha e a defesa de meros interesses partidários, foi a segunda que prevaleceu no PSD, que votou contra a moção”, referem.

“Não se compreende é como forças políticas tradicionais com implantação local desvalorizam declarações políticas relevantes que afetam, com muita gravidade, interesses dos caldenses”, concluem.

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