A Casa-Memória Fernanda Botelho, na Vermelha, no Cadaval, vai receber a 2 de março a exposição “Paisagens Ocultas”, de carácter intimista, do pintor Nikias Skapinakis (1931-2020).
Natural de Lisboa, cidade onde veio a falecer, Nikias Skapinakis foi pintor, desenhador e gravador, atividades a par das quais manteve, ao longo da sua vida, vasta produção crítica. A sua obra, exposta nos principais museus portugueses, foi objeto de diversos estudos e vastamente premiada.
A exposição a inaugurar na próxima quinta-feira pretende ser um espaço/evento de descentralização artística e cultural já que à data estará patente a exposição “Os Nikias do Nikias” no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC).
Segundo Joana Botelho, presidente da Associação Gritos da Minha Dança e neta da escritora Fernanda Botelho, que residiu no Cadaval, “o que estas duas iniciativas têm em comum é o facto de as obras apresentadas pertencerem à coleção privada do próprio pintor”. Acresce o facto de no dia 1 de março decorrer o Congresso Internacional “Nikias de Skapinakis”, uma co-organização entre a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e do MNAC”.
A Gritos da Minha Dança associa-se a este evento como parceira, marcando presença com uma comunicação performativa denominada “Ensaio sobre a Melancolia” no MNAC.
“A organização do colóquio demonstrou ainda interesse em conhecer o nosso projeto sugerindo a ampliação da duração do congresso, tendo em vista uma visita à Casa- Memória. A Gritos conta ainda com o apoio do Município do Cadaval no transporte dos interessados (Lisboa – Cadaval – Lisboa) em participarem nesta visita, bem como comlive streaming”, referiu Joana Botelho.
Na inauguração haverá uma conversa entre Raquel Henriques da Silva (historiadora de arte), Helena Skapinakis (curadora da exposição “Os Nikias do Nikias” no MNAC), e Paula Morão (nome do panorama literário), numa “reflexão em torno dos problemas que se levantam com a preservação do património cultural, nomeadamente em suportes como a pintura e literatura, bem como aspetos relacionados com a sua divulgação”.
Também serão abordados aspetos como a importância da descentralização artística e de redes de cooperação cultural, já que a Casa- Memória localiza-se na Vermelha, uma pequena povoação no concelho do Cadaval.
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