A Comissão Cívica de Protecção das Linhas de Água questiona como é possível dar como concluída a segunda fase das dragagens na Lagoa de Óbidos “quando para além de não ter sido extraído o volume de sedimentos projetado, a intervenção no Braço da Barrosa não foi feita na totalidade, uma vez que o interior do mesmo, local onde existia maior volume de dragados, não foi intervencionado”.
“A execução da obra estava prevista para 18 meses e a sua conclusão para dezembro de 2022. Ainda estavam a proceder ao desmantelamento de alguns módulos das dragagens e já estava a ser tornado público, através da comunicação social, que está a ser preparado um novo projeto de intervenção, a fim de ser feita uma dragagem na parte inferior da lagoa, que se estima custe aproximadamente dois milhões de euros”, afirma a comissão.
“Será que depois de elaborados todos os estudos para intervenção na Lagoa, esta parte inferior não existia? Só no final da segunda fase é que descobriram essa necessidade e já no fim da draga e todos equipamentos estarem a ser desmantelados? É para os custos serem maiores com deslocação e montagem dos mesmos? Por que motivo não foi incluída numa das intervenções na Lagoa?”, interroga.
Para a comissão, “tenha o Estado disponibilidade de verbas e as intervenções na Lagoa de Óbidos nunca mais irão ser dadas como concluídas”, suspeitando que “alguém se anda a encher há muitos anos à custa da Lagoa, que é uma mina de ouro para alguns”.
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