Os trabalhos de abertura do canal de ligação da Lagoa de Óbidos ao mar decorreram na manhã da passada segunda-feira, permitindo a reposição da aberta, essencial para que o ecossistema lagunar não morra.
A reposição da aberta foi uma obra desenvolvida pela Agência Portuguesa do Ambiente com equipamentos e recursos dos Municípios de Óbidos e das Caldas da Rainha, cujos autarcas acompanharam os trabalhos.
O assoreamento da lagoa tinha fechado o canal há cerca de duas semanas, tendo agora sido utilizadas máquinas para retirar a areia que entupia a passagem da água entre a lagoa e o mar.
É uma intervenção que ao longo dos anos tem sido feita e que leva as autarquias a defender uma obra mais definitiva, nomeadamente a construção de um paredão em pedras ou com espigões, que impeça o assoreamento.
A empreitada inclui também o transporte e utilização da areia retirada para tapar centenas de sacas de areia destruídas pela erosão marítima na margem sul da lagoa – ali colocadas para proteger moradias que se encontravam em risco devido à proximidade da água – e a colocação de pedras para suster o cordão dunar no Bom Sucesso.
Neste momento decorre a segunda fase das dragagens da zona superior da Lagoa, para retirar 875 mil metros cúbicos de areia, num investimento de 14,683 milhões de euros, operação que vem no seguimento da remoção de 716 mil metros cúbicos, no âmbito da primeira fase dos trabalhos.
Vai ainda ser feita a dragagem da parte inferior da lagoa, para a qual está a ser preparado o projeto de intervenção, e que se estima custe aproximadamente dois milhões de euros.
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