O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) duplicou em dezembro o número de atendimentos na urgência Covid-19 por comparação a igual período do ano anterior, mas registou um menor número de internamentos, revelou a administração à agência Lusa.
Na Área Dedicada a Doentes Respiratórios (ADR), a chamada urgência Covid, da unidade de Caldas da Rainha foram atendidos 713 doentes, muito acima dos 283 atendimentos verificados em dezembro do ano anterior.
Já a ADR da unidade de Torres Vedras do CHO atendeu 937 doentes, quando um ano antes eram 562, disse a presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião.
Nas duas unidades, metade dos doentes que recorreu às urgências Covid recebeu a pulseira verde, correspondente aos casos menos urgentes.
“Os centros de saúde desativaram as ADR que tinham a funcionar em estruturas autónomas, apesar de manterem o atendimento a doentes Covid. Os cidadãos já têm menos receio de ir às urgências, com a evolução da pandemia, e temos alguns casos reencaminhados pela Linha Saúde 24 que não se justificavam, porque as pessoas ou não têm sintomas ou têm patologia ligeira”, indicou a administradora.
A afluência às ADR do CHO disparou em dezembro, já que em setembro foi de 400 e 329 em Torres Vedras e nas Caldas da Rainha, respetivamente, em outubro de 487 e 398 e em novembro de 703 e 481.
Quanto aos internamentos, o CHO tem vindo a ter ocupadas 15 das 21 camas afetas a doentes infetados pela Covid-19, registando-se por isso menos internamentos do que há um ano, ao atingir em janeiro de 2020 um máximo de 144 camas e precisar de transferir doentes para outros hospitais por falta de capacidade.
“Os casos são menos graves” nesta altura em que a população se encontra vacinada contra a Covid-19, esclareceu a administradora hospitalar.
Tendo em conta as estimativas de aumento dos contágios a nível nacional, provocado pela variante Ómicron, o CHO prepara-se para reforçar os serviços, seguindo o plano de contingência delineado para a pandemia de Covid-19. Contudo, depara-se com a falta de profissionais de saúde.
“Os nossos profissionais, à semelhança da restante população, também se encontram infetados ou a estão em isolamento por terem tido contactos de risco, assistindo-se a um número significativo de baixas”, explicou Elsa Baião.
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