Na sede do Partido Socialista a noite foi de derrota, tendo perdido um dos dois vereadores, como também viu reduzido para metade os membros na Assembleia Municipal e terminado a liderança da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto.
Duas horas e meia após o fecho das urnas, e com alguns resultados oficialmente apurados, o ambiente vivido na sede do PS era de desânimo, apesar de ser a terceira força mais votada no concelho, com 11,14 % (2474 votos). Os socialistas caldenses não conseguiram acompanhar a tendência nacional e ganhar as autárquicas. Para o candidato Luís Patacho, “a mensagem do partido nas Caldas da Rainha falhou, apesar de continuar a achar que tínhamos o melhor projeto para o concelho”.
O socialista também disse que “entendíamos ser a alternativa com mais condições para exercer o poder na Câmara Municipal, que não nos foi entregue, mas a democracia é mesmo isto”, por isso “aceito os resultados”.
Embora com menos votos do que há quatro anos e três deputados municipais, ficando apenas com Jaime Neto, Pedro Seixas e Vânia Almeida, o PS poderá ser o “fiel da balança” no próprio elenco camarário, uma vez que o seu único vereador eleito pode fazer a diferença, pois quer o Vamos Mudar quer o PSD têm o mesmo número de elementos na câmara, três. Questionado sobre essa situação, Luís Patacho não quis adiantar nada, visto que “não conversámos sobre isso”.
Já em relação à Assembleia Municipal, onde o PSD irá ter uma maioria absoluta, o candidato socialista disse que “esta será uma situação nova, em que precisamos pensar bem para que haja condições de governabilidade na Câmara Municipal, portanto, é um xadrez mais complexo, em que quem ganhou a Câmara não tem a maioria absoluta, e também não a tem na Assembleia Municipal, o que vai implicar diálogo e concertações”.
Apesar de tudo, o socialista congratulou o cabeça de lista do movimento Vamos Mudar, Vitor Marques, que “venceu de uma forma categórica e protagonizou a mudança que os caldenses lhe confiaram”. Destacou também que “finalmente se fez democracia nas Caldas da Rainha, que estava cristalizada há 36 anos e desse ponto de vista estou contente, pois foi possível encontrar aqui uma alternância, que se escapava há tantos anos”.
Neste caso, “as pessoas entenderam que alternância devia de ser entregue a Vitor Marques”, apontou Luís Patacho, que aproveitou o momento para demostrar a sua satisfação pelo facto de “se abrir aqui um novo ciclo de mais diálogo e concertação em que todos têm voz e que seguramente será ouvida de outra forma”. Nesse sentido, “os caldenses decidiram depositar a confiança em Vitor Marques e desejo-lhe um ótimo mandato, para o bem das Caldas da Rainha”.
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