A propósito, em ano de eleições nada de novo, quanto aos desejos e às reivindicações das candidaturas, mais parecendo que os velhos temas se tornam, de quatro em quatro anos, em novidades. Vejamos o que as diferentes candidaturas propõem sobre o termalismo, até à data.
O Chega tem em conta – e bem – questões estruturantes, como o desenvolvimento do termalismo, para revitalizar o turismo e o comércio local.
O PCP e o Partido Ecologista “Os Verdes” defendem – e bem – o apoio aos mais desfavorecidos no acesso aos tratamentos termais.
O Bloco de Esquerda talvez integre o termalismo nas suas preocupações quando refere a requalificação da Linha do Oeste, “como uma alternativa e um contributo válido às respostas das alterações climáticas” e, digo eu, no fomento de uma maior procura termal, porque desconheço qualquer proposta concreta do BE nesta área.
O CDS e os parceiros de conveniência têm a ambição de voltar a dar – e bem – cosmopolitismo às Caldas.
O PS tem a pretensão – e bem – de dar dimensão urbana a este relançamento, com medidas concretas de apoio ao alojamento e à restauração, com linhas de financiamento às micro e pequenas empresas ligadas direta ou indiretamente à atividade termal e a promoção da marca “Caldas da Rainha, Cidade Termal”.
Os “Independentes”, de que ainda espero um sinal de distinção concetual em relação ao atual poder executivo, falam – e bem – do que eu há muito defendo e escrevo: a construção de um balneário termal, a musealização do edifício do Hospital Termal e a criação de um Centro de Conhecimento.
A isto, responde o PSD, com o seu caminho trilhado desde 2013 e a promessa, desde então, em resolver – e bem –, numa década, o problema da reabertura da atividade, sem contudo referir-se, com determinação, a um novo edifício termal e à importância de ver o problema à escala da cidade.
Concluo que o ideal seria um Presidente que conseguisse unir programaticamente o melhor de todas as propostas.
Caldas da Rainha sempre teve tudo para singrar e ser uma das mais convidativas cidades portuguesas, com esta e outras singularidades. Mas a política enviesada, as invejas e a frágil cidadania toldaram-lhe o presente, bem como, ironicamente, o não uso do pulverizador ocular da minha história anterior. Uma política em que quem toma posições públicas é preterido por quem nunca moveu moinhos nem teve posições sobre coisa alguma, apenas porque os decisores preferem os seres “imaculados” aos seres convictos. Estes mesmos defeitos servem à medida tanto os partidos, cada vez mais despossuídos de quadros, como os movimentos, que depressa se desagregam.
O futuro coletivo nem sempre pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. As escolhas de agora irão ditar o destino, no contexto de um futuro que tem sempre algo de imprevisível. O número 26 – desta última história e do dia eleitoral do próximo mês – tem um significado associado ao que ele representa na numerologia: eficiente e diplomático, centrado na equipa, com uma visão equilibrada dos pros e contras das situações e oportunidades e pela construção de coisas que a sociedade encontra como úteis e que provavelmente perduram durante muito tempo, tal como deve ser o termalismo.
Assim seja!
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