A docente de matemática e ciências, que foi eleita pela primeira vez como diretora do AESMP em 2012, tendo sido vice-
presidente desde 2005 e, posteriormente subdiretora, terminou o seu segundo mandato em dezembro do ano passado. Foi
aberto um procedimento concursal para eleição de diretor, de que foi vencedora, mas “o candidato derrotado fez a impugnação
do concurso, tendo este de ser repetido”, explicou Luísa Sardo, adiantando que ganhou o novo concurso público, que “terminou
agora e onde não concorreu mais ninguém”, tendo assim recolhido um amplo apoio do Conselho Geral.
Para a responsável, “já tinha sido muito expressiva a votação na anterior candidatura, tendo apenas uma pessoa votado no
outro candidato, e agora votaram em pleno em mim, mas já estava convencida que as pessoas tinham um agrado em relação à
prestação que eu tenho vindo a desempenhar ao longo destes dois mandatos”. Caso contrário, “não tinha concorrido”, frisou a
docente, adiantando que foi nesse sentido e que aceitou novamente o desafio.
Mas antes de assumir a posse do novo mandato, Luísa Sardo também foi presidente da CAP – Comissão Administrativa
Provisória, constituída durante o tempo do concurso, tendo “igualmente o Ministério Público acreditado em mim para
desempenhar essa função, se não também não tinha presidido a CAP”.
À frente daquela escola há oito anos, a professora considera que há um balanço positivo do trabalho desenvolvido, sendo
“evidente que existem coisas muito boas e outras menos boas, que acontecem visto que o sistema não é perfeito”.
No entanto, considera que “tentamos neste agrupamento saber os nomes de todos os nossos alunos, conhecer as famílias e
proporcionar um ambiente familiar. Isso é sem dúvida uma vantagem enorme”. Além de continuar a promover esse “ambiente
familiar”, a diretora pretende com o mandato que agora inicia (2021-2025) fazer “alguma reformulação da equipa, mas nada de
especial, pois temos um bom ambiente na direção e já nos conhecemos todos, visto que estamos juntos há oito anos”. “Se não
funcionasse bem a interação entre nós não tínhamos aquilo que temos hoje”, sublinhou Luísa Sardo, acrescentando que vai
surgir um elemento novo na equipa, que irá dar “um refresh e empolgamento à mesma”.
Como linhas orientadoras do projeto educativo consta manter o “galardão” da EQAVET- Sistema de Garantia da Qualidade da
Educação e Formação Profissional, que distingue e reconhece o projeto educativo deste estabelecimento, na área dos cursos
profissionais, sendo válido por três anos, e ainda avançar com a renovação da certificação “CAF-Educação”. “Temos uma
preocupação muito grande, em mostrar que temos qualidade na escola, e este ano conseguimos esse certificado ao nível dos
cursos profissionais, e vamos avançar para a renovação do CAF-Educação, que é um processo que assegura que sejam
cumpridas determinadas normas em termos de educação. Esse será o grande desafio”, apontou Luísa Sardo.
O outro aspeto que a diretora pretende para o novo mandato é desenvolver projetos, de modo “a que escola fique mais viva”.
“É evidente que nestes últimos dois anos tivemos de retrair algumas atividades, mas vamos recomeçar e apostar em fazer
projetos na área do bem-estar e da aprendizagem”, explicou a professora, adiantando que “o foco sempre será a
aprendizagem”.
Para além disso frisou que “não queremos só criar alunos felizes agora, queremos alunos felizes, integrados e que sejam
cidadãos de qualidade no futuro, sendo que o desenvolvimento integral tem de passar por aí”.
Na área ambiental, a responsável pretende manter o galardão de Eco Escolas, que é atribuído ao agrupamento há mais 12
anos, bem como o selo “Escola SaudávelMente”, e os prémios atribuídos pelos Planos de Escrita e de Leitura, ao nível da
biblioteca escolar.
No que diz respeito ao desporto escolar, o agrupamento vai continuar a promover o centro de formação desportiva que possui
e que “é procurado por diversos alunos de outras instituições, que vêm aqui para ter aulas de canoagem e desporto escolar em
várias modalidades”. Igualmente pretende dar continuidade ao projeto Escola Promotora de Saúde, que tem vindo a ter muita
expressão no agrupamento, promover os prémios do empreendedorismo, que tem recebido nos últimos anos nos concursos da
OesteCim, e os prémios do SuperT, onde tem estado no pódio a nível nacional. Portanto, “há vários projetos que nós
acarinhamos e que vamos continuar a apoiar”.
“São uma imensidade de projetos para uma comunidade educativa de 830 alunos, o que só demostra que temos um
dinamismo muito grande ao nível do desenvolvimento de projetos”, referiu.
Para a diretora, “este é um cargo que exige muita responsabilidade, e o último ano e meio não tem sido fácil, pois estar numa
escola em contexto de pandemia, tanto para os alunos como para os professores, tornou tudo muito mais difícil, visto que a
educação faz-se através da relação humana e empatia”. Apesar da situação, Luísa Sardo afirmou que “sou professora do
agrupamento desde 1998, e é aqui que quero terminar a minha carreira”, ajudando o agrupamento a ir para a frente, “não se
acomodando com aquilo que tem e querendo sempre melhorar”.
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