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“Presidente de Câmara deveria constituir equipa só depois de ser eleito, libertando questões partidárias”

Marlene Sousa

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Silvino Sequeira, presidente que fez história na Câmara Municipal de Rio Maior, exercendo o cargo durante seis mandatos consecutivos, foi o convidado do programa “Especial Autárquicas 2021” da Rádio Mais Oeste (94.2 FM) em colaboração com o JORNAL DAS CALDAS, que decorreu no passado dia 16 de julho. Tratou-se de uma de muitas entrevistas de preparação para as autárquicas.
Silvino Sequeira emocionou-se com o telefonema em direto do jornalista Fernando Correia

Com o aproximar das eleições autárquicas marcadas para 26 de setembro, avizinha-se um verão mais quente com as campanhas eleitorais. Silvino Sequeira não é candidato nestas eleições, mas falou de algumas experiências que teve como autarca, onde deixou obra, fazendo de Rio Maior a cidade do desporto. Ocupou o cargo de deputado e mais tarde o de Governador Civil. É talvez o último dinossauro do Partido Socialista no distrito de Santarém.

O convidado elogiou o novo estúdio da Rádio e recordou o primeiro entrevistado “Especial Autárquicas 2021” o ex-autarca caldense Fernando Costa, com quem “convivi durante uns bons anos, divergentes por vezes, mas pelo interesse dos nossos concelhos de Rio Maior e Caldas da Rainha”.

Recorde-se que Silvino Sequeira foi eleito pela primeira vez para a presidência da Câmara Municipal de Rio Maior em 1985, tendo suspendido o mandato no final de 1996 por um período de 11 meses, durante os quais foi Governador Civil do distrito de Santarém.

Se tem saudades da vida pública, Silvino Sequeira, disse que está “bem com a vida que é preenchida com os netos e família, mas que o que tem mais saudades é do contacto mais intenso com as pessoas”.

Considerando a sua experiência política, o ex-autarca diz que o sistema eleitoral nas autarquias continua a “suscitar interesse das populações”. No entanto defende que deveria ser eleito o presidente de Câmara e só depois o é que “deveria constituir a sua equipa libertando as questões partidárias”. “Por vezes queremos convidar pessoas que sabemos que são mais competentes para dirigir o Concelho, mas sabemos que não iriam aceitar por não serem daquele partido”, explicou.

“Relativamente às autárquicas de hoje, Silvino Sequeira, manifestou a esperança de que “os munícipes, atendendo à lógica de proximidade que enforma esta eleição, compareçam em número superior ao de anteriores eleições e reforcem a democracia e o poder local”.

Estima que os eleitores se revejam no presente e no futuro com o mandato que conferirem aos seus representantes”, afirmou.

O convidado salientou que é militante do partido socialista e que será do PS até o fim da sua vida. “Rio Maior não é um concelho socialista e eu ganhei as eleições em 1985 depois do Partido Socialista ter tido uma vitória nas eleições legislativas.

Considera que “há um sentimento das pessoas que se querem libertar dessa pressão partidária e manifestam-na através do voto quando têm oportunidade e é assim que eu interpreto o sentido de voto que na altura me foi concedido, embora eu tenha tido uma vida associativa e profissional muito ligada aos jovens”.

Francisco Aleixo, apresentador deste programa da Rádio Mais Oeste fez uma surpresa ao convidado que no meio da entrevista recebeu um telefonema do comentador de rádio e televisão, o jornalista bem conhecido, Fernando Correia que é um grande amigo de Silvino Sequeira. “É um homem de grande sensibilidade e um excelente político, amante da sua terra e o que fez por Rio Maior, suponho que ninguém seria capaz de o fazer e eu tive a alegria de poder testemunhar essa mudança fantástica que ele fez no concelho e acompanhá-lo durante vários anos”, disse, Fernando Correia.

O jornalista que comemorava o seu aniversário naquele dia recordou que o ex-autarca transformou um “concelho rural num município virado para o desporto e prática desportiva”. Afirmou que o desporto em Portugal só “vai ser alguma coisa se for encarado como uma forma de cultura”.

E com esta surpresa, Francisco Aleixo conseguiu colocar uma lágrima no olho de Silvino Sequeira que emocionado disse “estar satisfeito de falar com o jornalista e convidou-o para fazer uma visita a Rio Maior para ver aquilo em que ele participou e ajudou a construir na altura em que esteve comigo na Câmara”. Foi para o ex-autarca um orgulho ter uma pessoa da dimensão de Fernando Correia a “trabalhar connosco e graças a ele foi possível trazer figuras ilustres a Rio Maior”.

Silvino Sequeira referiu ainda que o comentador de rádio e televisão é para ele “uma grande referência do jornalismo português e desportivo”.

Voltando às eleições autárquicas, Silvino Sequeira não quis manifestar a sua opinião em relação à candidatura do empresário Miguel Paulo à Câmara Municipal de Rio Maior pelo PS. Falou sim, dos princípios que tem seguido como por exemplo, “se tenho a hoje a vida que tenho e se tive a vida pública que tive, devo ao PS e da minha parte nunca votarei contra o meu partido”, disse. No entanto adiantou que o que pode acontecer é que o PS apresente “soluções com as quais eu não concordo”.

Questionado se apoia o candidato do PS, o ex-autarca disse que defende para o município de Rio Maior alguém que “tenha carácter, transparência e ofereça garantias de representar bem, a mim aos munícipes da minha terra”.

Quanto à requalificação da zona ribeirinha, vila romana e moagem Maria Celeste que devolve o rio à cidade e cria nesta, um novo polo de fruição e atracão turística, Silvino Sequeira disse que passa por lá a pé e que “valoriza excecionalmente aquela zona do rio” e deu os “parabéns a quem teve a coragem de o idealizar e concretizar”. “É uma obra que dignifica Rio Maior e reconheço quem idealizou porque a cidade foi beneficiada pela obra que está ali”, apontou.

Quando foi deputado à Assembleia da República propôs a “criação de freguesias no concelho de Rio Maior e fizeram-se muitas obras nesse período”, recordou. “Na minha opinião a junção de freguesias só se justifica quando têm as questões básicas resolvidas e as necessidades plenamente satisfeitas e há necessidade de congregar iniciativas”, contou.

O ex-autarca recordou que lutou para ter no Plano de Desenvolvimento da Região do Médio Tejo a linha férrea. “Nós hoje temos uma A15, e eu lutei muito por isso e conseguiu-se na altura que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT) pusesse no seu programa a construção da linha férrea de Santarém, Rio Maior, Caldas da Rainha para fazer a ligação à linha do Norte e à linha que vem de Santarém”, referiu.

Silvino Sequeira diz que há estudos feitos e “sinto que os autarcas de Santarém, Rio Maior, e Caldas da Rainha não encorajaram esse processo da linha férrea que teria um papel primordial no desenvolvimento das regiões. “Gostava de ver o empenho dos autarcas para que este projeto avançasse”, apontou.

A sua grande deceção como autarca foi “não ter sido feito o Aeroporto da Ota”.

Recorde-se que em outubro de 2007, Silvino Sequeira, suspendeu o mandato de presidente da Câmara de Rio Maior tendo nessa altura assumido funções como gestor no Programa Operacional do Alentejo (POA), para o qual foi nomeado em despacho publicado em Diário da República. O vice-presidente Carlos Nazaré assumiu a presidência do município.

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