Como noutros estabelecimentos de ensino, também este agrupamento foi levado ao limite, mas a responsável refere que superaram “as dificuldades que eram elevadas” e que, apesar de tudo, “a escola provou que está à altura para responder ao desafio da pandemia”.
“Alguns professores no primeiro confinamento fizeram formação na área de informática e também os docentes das tecnologias disponibilizaram para ajudar a fazer vídeos curtos e tutoriais”, contou. Houve, segundo a diretora, a nível das aulas, uma “resposta dos professores surpreendentemente boa”.
Um dos momentos mais difíceis para Maria do Céu Santos foi gerir o aumento de casos de Covid-19 no final do primeiro período deste ano letivo quando “tínhamos aquela indecisão das turmas devido a um aluno testar positivo”. “Quando os alunos vão todos para casa há um procedimento, mas quando há uma oscilação com alunos com aulas online e outros presenciais é muito difícil de gerir porque os professores se estão a dar aulas na escola não podem estar online”, contou.
“Imagem positiva da escola está consolidada”.
Maria do Céu Santos revelou que já estão a preparar o próximo ano letivo e que a grande aposta vai ser na flexibilização curricular, “com o objetivo de alcançar o sucesso pleno dos alunos”. Um dos projetos pedagógicos inovadores é nas “tecnologias digitais”, de forma a “tornar o ensino mais atraente”. Têm já projetos novos, por exemplo, na área da realidade aumentada e realidade virtual. “Pode ser o impulso necessário para tornar as práticas mais motivadoras”, afirmou a responsável, acrescentando que “o intuito é diminuir a taxa de retenção dos alunos”. “O grande desafio do professor atual é pensar como vai dar a aula”, apontou.
Maria do Céu Santos disse ao JORNAL DAS CALDAS que no próximo ano já não se vai recandidatar a diretora do agrupamento. Considera que oito anos foram o suficiente para o projeto que desenvolveu. “O meu principal objetivo quando tomei posse era mudar a imagem da escola, com os mesmos professores e os mesmos funcionários”, sublinhou, apontando que no ano letivo 2014/2015 passou a haver uma maior percentagem de alunos a querer frequentar a escola e “a partir do ano letivo 206/2017 tivemos que excluir estudantes por estarmos sobrelotados”.
Maria do Céu Santos considera-se uma pessoa de “projetos, grandes desafios e de querer fazer a diferença.” Por isso, os seus primeiros anos “foram os mais esgotantes, mais stressantes, mas também os mais interessantes”, sustentando que “a imagem positiva da escola está consolidada”.
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