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-Crónicas noturnas-

Expo-Caldas 77

Jorge Ferreira

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Registo a importância da Expo-Caldas 77, realizada no Museu de José Malhoa, de que era diretor João Saavedra Machado.
Garrafa Mulher com Guitarra, de Maria dos CacosGarrafa Mulher com Guitarra, de Maria dos CacosGarrafa Mulher com Guitarra, de Maria dos CacosGarrafa Mulher com Guitarra, de Maria dos Cacos

Registo a importância da Expo-Caldas 77, realizada no Museu de José Malhoa, de que era diretor João Saavedra Machado.

Destacaria os nomes da conservadora Nicole Ballu Loureiro e Rafael Salinas Calado, conservador do Museu Nacional de Arte Antiga, responsáveis técnicos pela exposição e respetivo catálogo, que marcou definitivamente o estudo da louça das Caldas.

A posterior aquisição do palacete do Visconde de Sacavém para instalação futura do atual Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha foi a consolidação do que se iniciou em Agosto de 1977 com a Expo-Caldas 77, no cinquentenário da elevação a cidade das Caldas da Rainha.

Os colecionadores foram parte decisiva desta empreitada. Realço, pela quantidade, qualidade das peças emprestadas e participação ativa, Alfredo Lucas Cabral, António Capucho, António Duarte, António Rafael, Artur Maldonado Freitas, Eduardo Loureiro, Francisco Teodoro Malhoa, João Maria Ferreira e Joaquim Ladeira Baptista. Estes dois últimos continuam a acompanhar-nos nas aventuras da louça das Caldas com grande empenho.

Recordo a minha visita à exposição nesse dia. O que mais me marcou foi a presença do oleiro João Reis, no claustro do Museu Malhoa, levantando peças, ao vivo, na roda.

As peças antigas muito me impressionaram: variedade, qualidade e quantidade…algumas acabariam por me passar pelas mãos.

Marcas ainda não identificadas da Louça das Caldas: A.J.F.; F.L.S.; J.C.A.; J.P.S.; D.P.S.; T.L.C. As duas primeiras foram recentemente identificadas pela historiadora Margarida Araújo, a partir de Anuários Comerciais da minha colecção.

Fábrica de Louça das Caldas no Lugar da Formiga – Porto

A “descoberta” de uma peça com esta marca e caraterísticas afins da louça das Caldas muito intrigou o colecionador recém-chegado que eu era no ano 2000.

A publicação de um artigo na Gazeta das Caldas de 07/07/2000 com um pedido de informações sobre o achado, a quem soubesse algo sobre o caso, teve resposta a preceito de António Maria de Sousa, ao tempo diretor do Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha.

A resposta de A.M.S., bem estruturada, começa por referir o achado, concordando com as minhas observações de iniciado na matéria.

Logo destaca a importância que o Porto teve na divulgação da cerâmica caldense, dando nota do bom acolhimento a Rafael Bordalo Pinheiro no Ateneu Comercial do Porto em 1888, depois, a seu filho Manuel Gustavo, Francisco Elias e Avelino Belo.

Avelino António Soares Belo será o protagonista desta “estória”, já que A.M.S. o relaciona directamente com a peça encontrada através da correspondência entre A.B. e Joaquim Pinto de Almeida, o proprietário da fábrica da Formiga, cujas iniciais A.M.S. identificou na marca gravada na peça: J.P.A..

Diz ainda que o paliteiro-romã citado poderá ter sido mesmo modelado por Avelino Belo, dando conta de uma encomenda de moldes de frutos feita por Joaquim Pinto de Almeida entre 28 de Maio e 11 de Junho de 1889 ao discípulo dileto de Bordalo.

Expo-Caldas 77

Registo a importância da Expo-Caldas 77, realizada no Museu de José Malhoa, de que era diretor João Saavedra Machado.

Destacaria os nomes da conservadora Nicole Ballu Loureiro e Rafael Salinas Calado, conservador do Museu Nacional de Arte Antiga, responsáveis técnicos pela exposição e respetivo catálogo, que marcou definitivamente o estudo da louça das Caldas.

A posterior aquisição do palacete do Visconde de Sacavém para instalação futura do atual Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha foi a consolidação do que se iniciou em Agosto de 1977 com a Expo-Caldas 77, no cinquentenário da elevação a cidade das Caldas da Rainha.

Os colecionadores foram parte decisiva desta empreitada. Realço, pela quantidade, qualidade das peças emprestadas e participação ativa, Alfredo Lucas Cabral, António Capucho, António Duarte, António Rafael, Artur Maldonado Freitas, Eduardo Loureiro, Francisco Teodoro Malhoa, João Maria Ferreira e Joaquim Ladeira Baptista. Estes dois últimos continuam a acompanhar-nos nas aventuras da louça das Caldas com grande empenho.

Recordo a minha visita à exposição nesse dia. O que mais me marcou foi a presença do oleiro João Reis, no claustro do Museu Malhoa, levantando peças, ao vivo, na roda.

As peças antigas muito me impressionaram: variedade, qualidade e quantidade…algumas acabariam por me passar pelas mãos.

Marcas ainda não identificadas da Louça das Caldas: A.J.F.; F.L.S.; J.C.A.; J.P.S.; D.P.S.; T.L.C. As duas primeiras foram recentemente identificadas pela historiadora Margarida Araújo, a partir de Anuários Comerciais da minha colecção.

Fábrica de Louça das Caldas no Lugar da Formiga – Porto

A “descoberta” de uma peça com esta marca e caraterísticas afins da louça das Caldas muito intrigou o colecionador recém-chegado que eu era no ano 2000.

A publicação de um artigo na Gazeta das Caldas de 07/07/2000 com um pedido de informações sobre o achado, a quem soubesse algo sobre o caso, teve resposta a preceito de António Maria de Sousa, ao tempo diretor do Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha.

A resposta de A.M.S., bem estruturada, começa por referir o achado, concordando com as minhas observações de iniciado na matéria.

Logo destaca a importância que o Porto teve na divulgação da cerâmica caldense, dando nota do bom acolhimento a Rafael Bordalo Pinheiro no Ateneu Comercial do Porto em 1888, depois, a seu filho Manuel Gustavo, Francisco Elias e Avelino Belo.

Avelino António Soares Belo será o protagonista desta “estória”, já que A.M.S. o relaciona directamente com a peça encontrada através da correspondência entre A.B. e Joaquim Pinto de Almeida, o proprietário da fábrica da Formiga, cujas iniciais A.M.S. identificou na marca gravada na peça: J.P.A..

Diz ainda que o paliteiro-romã citado poderá ter sido mesmo modelado por Avelino Belo, dando conta de uma encomenda de moldes de frutos feita por Joaquim Pinto de Almeida entre 28 de Maio e 11 de Junho de 1889 ao discípulo dileto de Bordalo.

Esta peça pertence hoje ao Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha, ofereci-a ao museu na pessoa do seu director, dr. Carlos Coutinho, numa celebração do São Martinho do Grupo de Amigos do Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha.

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