Este serviço instalado no Hospital das Caldas da Rainha “tinha uma lotação inicial de treze camas, que devido à situação pandémica foi temporariamente reduzida para cinco, e posteriormente para três”, reconheceu ao JORNAL DAS CALDAS o conselho de administração, explicando que a redução de lotação “decorre da necessidade de dar resposta às necessidades impostas pela Covid-19, contudo nunca foi equacionado o seu encerramento”.
Segundo a administração, com a reorganização dos cuidados na área da saúde materna no Oeste, em junho de 2013, foram alocadas 27 camas para a Obstetrícia, sendo que atualmente “existem 20 camas, duas delas para doentes Covid-19, por força do ajustamento de espaço imposto pelas necessidades de dar resposta aos utentes Covid-19”.
Outra situação que tem gerado descontentamento por parte de mulheres em pós-operatório internadas é que apesar da existência de enfermarias distintas para a Obstetrícia e a Ginecologia, algumas utentes “têm que partilhar espaços comuns”, próximas de parturientes e recém-nascidos.
A administração diz “não ser a solução ideal, mas é a possível neste contexto e tendo em conta as carências de espaço do hospital”.
Face aos condicionalismos ditados pela pandemia, “este sacrifício não foi exclusivo da Ginecologia/Obstetrícia”, o que se traduziu num “esforço e sacrifício dos vários serviços do Hospital, que ao longo do último ano estiveram em constante mutação e adaptação, de acordo com a evolução epidemiológica”.
“O CHO está a avaliar a conversão de camas Covid-19 em não Covid-19, tendo em conta o desenvolvimento da situação”, revelou a administração, adiantando que “quando cessar a pandemia, as condicionantes atuais terminarão e está a ser elaborado um projeto de remodelação da área materno-infantil, visando a melhoria das condições estruturais”.
O Serviço de Ginecologia serve um universo de 151.366 mulheres. Em 2019 estiveram internadas 551 utentes, e no ano passado foram 409 utentes. O serviço teve em 2019 e 2020 uma taxa de ocupação de 46% e 58%, respetivamente.
Durante o ano de 2020 foram também alocadas duas camas no serviço de internamento de Obstetrícia/ Ginecologia para dar resposta às mulheres com patologias diversas desta área, que estando infetadas necessitaram de internamento. Por fim, e para cumprimento do normativo da Direção-Geral da Saúde, foram ainda criadas áreas intermédias de internamento, para dar resposta a doentes com testes negativos, mas que, contudo, aguardavam a realização e o resultado de um segundo teste, separando-os dos outros, evitando assim, possíveis infeções de outros doentes.
A capacidade instalada para internamento de doentes COVID no CHO atingiu as 142 camas em janeiro de 2021, representando uma taxa de esforço desta tipologia de 58% da totalidade das camas.
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