“O Montepio não tinha capacidade financeira nem escala técnica para se balançar sozinho a um projeto destes, daí o desafio ao parceiro para desenvolver o Hospital Rainha D. Leonor, criando assim o melhor hospital privado da região”, explicou Marques Pereira.
Garante que o edifício que pertencia à EDP, comprado pela associação por 1,5 milhões de euros, “pertencerá sempre ao Montepio”.
Apontou ainda que foi negociado com o grupo Sanfil “preservar os benefícios dos sócios e os direitos dos funcionários da Casa de Saúde”.
O novo hospital terá 52 camas de internamento em enfermarias e quartos individuais, bloco operatório (3/4 salas), imagiologia, fisioterapia, consultas externas com todas as especialidades médicas, serviços de atendimento permanente, gastrenterologia, cardiologia, farmácia, cafetaria/refeitório com esplanada, hemodiálise (20 postos),180 lugares de estacionamento e novo acesso de veículos ao hospital. O edifício será ampliado.
“Este parceiro garante-nos qualidade e dimensão com equipamentos de última geração, focados na saúde e na recuperação total dos seus utilizadores”, afirmou Marques Pereira.
“O Grupo Sanfil é o que a nível nacional mais cirurgias faz para o Serviço Nacional de Saúde. Fechou o ano de 2019 com cerca de 20 mil cirurgias para o Serviço Nacional de Saúde”, adiantou.
O responsável afirmou que o projeto está adiantado”, mas ainda não assinaram o acordo. Revelou que para avançarem nas negociações é necessário ver aprovado junto dos sócios, em Assembleia Geral, a marcar depois das eleições.
Marques Pereira salientou que se a lista opositora ganhar “poderá colocar em causa a parceria com o grupo Sanfil e a criação do novo hospital”. No entanto, afirma que caso o plano seja interrompido “neste momento não há nenhuma indeminização que tenha que ser paga”.
“Novo parceiro irá colaborar na gestão da Casa da Saúde”
O presidente do Montepio referiu que a Casa da Saúde continua a dar prejuízo financeiro, mas “logo que seja assinado o contrato, o novo parceiro irá colaborar, nomeadamente trazendo clínicos e valências para compensar as falhas na oferta, otimizando também o bloco operatório”.
Depois da criação do novo hospital, o Montepio Rainha D. Leonor irá concentrar-se em outras iniciativas que são mais a sua vocação, nomeadamente residências assistidas. A pensar na expansão do Montepio, foi adquirido junto ao edifício antigo da EDP um terreno onde a lista A prevê criar residências assistidas.
Nas atuais instalações o intuito é “requalificar e criar serviços de saúde de qualidade não abrangidos pelo novo hospital, na área dos cuidados continuados, saúde mental, fisioterapia, termalismo, entre outros”.
Há também um projeto para a criação do museu do Montepio, na parte antiga das atuais instalações, uma vez que a instituição tem um acervo histórico digno de ser cuidado e guardado, recordando assim a história de uma associação mutualista com 160 anos.
Os elementos da lista A pretendem ainda terminar todas as obras em curso, garantir um equilíbrio financeiro na Casa da Saúde, dar início a uma nova era de comunicação com os sócios e com funcionários, através da criação de um Gabinete do Sócio.
O líder da lista A afirmou que “estamos disponíveis para discutir ideias e unir esforços em benefício do Montepio, mas tal não é possível quando se tentam lançar constantemente calúnias e ataques a pessoas”. Apela à participação no ato eleitoral que se aproxima, mas “também nos momentos cruciais que se avizinham para decidir sobre os projetos pendentes que são essenciais para o futuro da instituição”.
Paulo Sousa, candidato a presidente do Conselho Fiscal, disse que pela primeira vez na história do Montepio foi feito um estudo diagnóstico de toda a situação dinâmica da instituição. “Foi o que eu chamo uma auditoria interna, em que permitiu apontar situações concretas no sentido de melhorar em prol do utente”, contou.
O estudo teve como base o acervo documental da instituição, mas também 450 inquéritos no qual foram consultados os colaboradores do Montepio e os utentes nacionais e estrangeiros.
“Projeto de novo hospital foi arduamente negociado”
Carlos Querido, candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral pela lista A, disse que a conferência de imprensa pretendeu “recentrar o debate”, recordando que a atual administração do Montepio “percorreu um longo caminho para apresentar hoje o projeto do futuro”. “Foram rejeitados dois parceiros potenciais por se considerar que as suas propostas não garantiam o superior interesse da instituição”, afirmou.
O novo hospital com um “parceiro de prestígio nacional com o nome do Montepio Rainha D. Leonor, é um projeto que urge e não pode parar”, declarou.
Foram ainda revelados nesta sessão os nomes da comissão de honra que acompanham a lista A nos seus projetos, cientes do “peso que o Montepio tem na comunidade”.
No final da conferência de imprensa houve uma visita às futuras instalações do hospital.
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