“Após alguma pesquisa, confirmámos que existe, em média, um psicólogo por agrupamento escolar. Tendo em conta que são compostos por diversas escolas e centenas ou milhares de alunos, existir apenas um técnico para fazer o acompanhamento de todas estas crianças e jovens, parece-nos insuficiente”, manifestou a JSD.
“Estes adolescentes encontram-se na sua fase de desenvolvimento pessoal, em que surgem as primeiras interrogações, onde criam hábitos, constroem amizades e tentam conhecer-se melhor. Ao viverem estes tempos de privação no convívio com os amigos, na prática de determinadas atividades e restrição a tantas outras, infelizmente, aumenta a necessidade de acompanhamento por parte de muitos dos nossos jovens”, adiantou.
Segundo a JSD, “também verificámos que não existe um nutricionista com a responsabilidade de acompanhar permanentemente os alunos dos agrupamentos escolares”.
“Existe um(a) nutricionista que tem como objetivo desenvolver as ementas das refeições servidas nas escolas, mas apenas isso. O que nos parece ficar muito aquém do que se exige, uma vez que Portugal continua a ser dos países da União Europeia com maiores taxas de excesso de peso ou obesidade infantil”, referiu a JSD.
“A pandemia e consequente indefinição no desporto de formação/escolar e as várias restrições nas aulas de educação física, levam-nos a crer que estes dados podem piorar caso não exista algum cuidado na dieta destas gerações. Torna-se, portanto, fundamental um acompanhamento permanente destes jovens para que criem alguma disciplina alimentar”, sustentou, fazendo notar que “nas Caldas da Rainha, o Município desenvolve um programa de acompanhamento nutricional das meninas e meninos, até ao fim do 1º ciclo”.
O questionário foi respondido por cem jovens e 96% mostrou-se favorável à existência de um nutricionista e mais psicólogos nos agrupamentos escolares.
“Este deve ser um esforço e aposta que o ministério da tutela deve realizar junto dos vários agrupamentos escolares do nosso país. No caso de remeter para os Municípios, como já tem vindo a dar sinais com a delegação de competências, deve fazê-lo com o respetivo envelope financeiro, de maneira a que os Municípios tenham condições de ir ao encontro desta necessidade real, sem sofrerem constrangimentos orçamentais”, sublinhou a Comissão Política da JSD Caldas da Rainha.
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