O alojamento, que foi inaugurado em pleno Estado de Emergência, viu-se obrigado a “suspender a atividade” durante dois meses. “Quando decidi abrir o hostel, nunca pensei que tinha de o fechar logo devido à pandemia e à falta de reservas, o que acabou por afetar drasticamente os primeiros meses do 4nomads”, sublinhou o proprietário do espaço, Eduardo Molina.
“A ideia inicial era que o investimento tivesse um retorno financeiro a curto prazo”, explicou o responsável, que rapidamente se apercebeu que teria de mudar de estratégia de trabalho. Eduardo Molina aproveitou “a pausa” para investir na divulgação do hostel nas plataformas de hospedagem, e modificar as instalações, de modo, a “receber os clientes com qualidade e comodidade nas férias de verão”.
Com uma aposta no check-in online, e depois de “uma intensiva desinfeção total das infraestruturas” e implementação de “medidas excecionais” de higiene e segurança, o 4nomads reabriu portas no início de junho, com uma reserva para um casal de hóspedes argentinos, o que também “nos possibilitou uma pequena receita durante esta fase”.
Além dos seis quartos, que passaram a ser privados, todas as áreas comuns, como cozinha completa e casa de banho passaram a ter gel desinfetante e a sere, higienizadas duas vezes ao dia.
Neste momento, o 4nomads já tem algumas reservas, mas “não o suficiente para manter vivo o hostel com despesas básicas durante o período de inverno”, por isso Eduardo Molina defendeu que “deveria haver um maior apoio por parte do Estado aos pequenos negócios”.
Face à situação, decidiu adaptar o negócio à nova realidade, apostando assim no setor low cost, que tem como objetivo captar a atenção de um público mais jovem que busca opções de turismo e lazer mais baratas. “Neste cenário, Caldas da Rainha enquadra-se perfeitamente nos requisitos, pois é uma cidade bem estruturada com opções de museus, parques, restaurantes, cinema e lazer para todas as idades, e próxima de várias praias”, frisou o responsável do hostel.
Igualmente criou um “plano para mensalistas”, direcionado para pessoas que precisam de opções mais baratas de arrendamento. “É claro que não vou ganhar aquilo que deveria receber nos três meses de verão, mas sempre será uma receita”, sublinhou o responsável, que neste momento tem três quartos alugados no âmbito deste programa.
Este espaço, “que tem um pouco de cada pessoa e lugares que conheci em minhas viagens”, também apostou num programa de parcerias nas áreas de restauração, turismo, cultura e lazer, e em descontos.
Apesar da situação, Eduardo Molina continua achar que “o hostel foi um bom investimento”.
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