Neste questionário foram obtidas 104 respostas de empresários, representando diversos setores de atividade da Região Oeste e empregando um total de 1801 recursos humanos. Segundo a AIRO, existindo na Região Oeste cerca de 46000 empresas e pese embora a amostra não seja totalmente representativa, extrapola-se que no final de maio se tenham verificado 11946 desempregados, com tendência a descer, sendo 1934 o número de empresas que ponderam fazer despedimentos.
Mantém-se o elevado número de empresas afetadas economicamente pela Covid-19 (cerca de 38500). Mais de 80% das empresas, com a reabertura, não estão a conseguir garantir a sustentabilidade financeira, havendo uma diminuição do número de empresas com atividade suspensa no final de maio. Prevê-se que a maioria retome atividade até final de junho/julho.
Em relação ao desconfinamento, 35 dos inquiridos afirmam estar a desenvolver a atividade de forma normal com aplicação do plano de contingência; 17 em regime misto (teletrabalho, abertura parcial, layoff parcial); 15 em layoff parcial; 12 suspenderam a atividade ou continuam com a atividade suspensa; 9 no local de trabalho com atendimento ao público; 7 em teletrabalho; 6 em layoff Total; 2 no local de trabalho sem atendimento ao público; 1 afirmou estar noutra situação não especificada.
A maioria das empresas que afirmou ter suspendido a atividade, fê-lo no mês de março.
A maior parte dos empresários acredita que a sua atividade voltará ao normal num período inferior a um ano. Na versão anterior do barómetro, a maioria dos inquiridos apontava um período superior a doze meses.
É ainda de destacar que a maioria das empresas inquiridas já sofreu quebras superiores a 80% no volume de negócios, estando de acordo com a tendência anteriormente verificada. Estão nessa situação 34 empresas. 16
afirmam ter uma diminuição de menos de 20%; 14 entre 20 a 40% de diminuição; 13 entre 60 a 80%; 12 entre 40 a 60%; 12 sem diminuição de vendas e finalmente 3 aumentaram o volume de negócios.
Para já a maioria das empresas afirma que o valor de faturação após a reabertura de atividade não permite a sustentabilidade da empresa (63), sendo que 38 destas empresas preveem que a faturação venha a aumentar. Apenas 21 afirmam conseguir garantir a sustentabilidade financeira da empresa.
Quando questionados sobre o que pretendem fazer nos próximos dois meses no caso de não atingirem um volume de faturação sustentável, as respostas dos empresários são diversas, mostrando a incerteza marcante neste período. A maioria das respostas são no sentido de aguardar/esperar/analisar o decorrer da situação. Para 10 empresários é necessário manter a atividade aberta, e continuar a lutar, e sempre que possível recorrer a apoios para manter a atividade a funcionar (3) ou/e efetuar alterações no sentido de diminuir custos inerentes à atividade (diminuição dos recursos humanos, fechar alguns estabelecimentos, diminuir custos). 11 dos inquiridos afirmam poder vir a ter de encerrar a atividade.
Contudo, quanto ao risco de encerrar definitivamente, no questionário atual, a maioria das empresas afirma que não existe risco ou existe um existe risco baixo da empresa cessar funções (54,8%), o que reflete um aumento de confiança face ao questionário anterior onde a percentagem de inquiridos com a mesma resposta foi de 47,8%.
No que diz respeito à confiança nas medidas propostas pelo governo, é notória a falta de confiança, tendo a mesma aumentado relativamente ao mês de abril, passando de 73,7% para 79,8% as empresas que afirmam não estar confiantes ou estar pouco confiantes. Neste momento a maioria das empresas já recebeu os apoios financeiros requeridos (61,3%) enquanto a maioria das empresas à data de aplicação do questionário anterior 89,4% dos inquiridos não tinha recebido nenhum dos apoios solicitados.
No que diz respeito ao tempo de espera pelos incentivos, a maioria dos empresários indica entre 15 a 30 dias (34,7), e em mais de 30 dias (33,3%).
Mantém-se bastante grande a preocupação com o fornecimento de matérias-primas, embora se denote uma ligeira diminuição, e mantém-se a afirmação de existência na limitação das exportações.
Quando questionados sobre investimentos a realizar após a pandemia, a maioria dos empresários indica a área comercial como maior campo com necessidade investimento (58,5%), seguido do Marketplace (23,4%), reestruturação de processos administrativos (22,3%) de outras medidas não identificadas (21,3%), em quinto lugar a capacidade produtiva (17%), e finalmente na reestruturação de processos produtivos (16%).
A este questionário houve 40 respostas de empresas sediadas em Caldas da Rainha, 17 na Lourinhã, 11 em Alcobaça, 9 em Torres Vedras, 7 em Óbidos, 7 em Peniche, 5 em Alenquer, 3 no Bombarral, 3 na Nazaré e finalmente 2 no Cadaval. Não existem respostas de Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço.
Das empresas inquiridas existiu uma predominância para o comércio, serviço e turismo, 6 laboram no setor primário (produtos alimentares), 9 no setor da indústria, 30 no turismo, 22 no comércio, 30 em serviços, e 7 noutros setores não identificados.
Quanto ao volume de negócios, 31 participantes afirmam enquadrar-se entre 100 000€ a 499 999€, 22 com um volume inferior a 50 000€, 16 entre 1 e 5 milhões de euros, 15 de 500 000€ a 999 999€, 14 entre 50 001€ a 99 999€,e por fim 6 a facturarem mais de 5 milhões de euros.
Loja Virtual acelera recuperação
A Comunidade Intermunicipal do Oeste lançou uma Loja Virtual para apoiar os agentes económicos da região e acelerar a recuperação económica.
A plataforma de negócios Oeste +Mercado é de acesso e utilização gratuitos para todas as empresas que operem na Região Oeste e pretende promover, num único espaço online, o encontro entre a oferta e a procura de empresas, instituições e municípios, potenciando, sobretudo, as trocas comerciais corporativas, mas também as vendas ao consumidor final.
Com este projeto, a Comunidade Intermunicipal do Oeste pretende “criar mais e melhores condições para que seja possível acelerar a recuperação económica e preparar o tecido empresarial para as novas realidades do comércio eletrónico, da cooperação, da definição de cadeias de valor regionais e da utilização das melhores ferramentas de negociação”.
Para vender os seus produtos na plataforma, o agente económico terá de preencher o formulário de registo, carregar os produtos que pretende negociar, fazer a gestão das encomendas e após receção do pagamento poderá enviar/ entregar os seus produtos.
Através do Oeste +Mercado as empresas registadas “beneficiarão de acesso a uma rede regional de potenciais clientes e fornecedores de bens e serviços diversos, poderão expor os seus produtos, conhecer novas oportunidades de negócio, formar parcerias para compra e venda de bens e serviços, utilizar ferramentas de negociação (pedido de propostas e vários tipos de leilões eletrónicos), participar em eventos promocionais interativos, registar-se na Central de Compras Públicas do Oeste, receber apoio da Comunidade Intermunicipal do Oeste e ter acesso a uma área de oferta de emprego”.
Os utilizadores poderão encontrar uma listagem e fotografias de produtos disponíveis, principais indicadores de utilização, notícias e empresas registadas.
O acesso à plataforma é feito através do endereço www.oestemercado.pt.
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