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São Martinho do Porto prepara-se para a época balnear

Marlene Sousa / Mariana Martinho

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A abertura da época balnear está prevista para 13 de junho na praia de São Martinho do Porto. Pela informação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a capacidade potencial de ocupação da praia de São Martinho do Porto Norte é 5200 e São Martinho do Porto Sul 1000 utentes. “Esta definição é feita apenas para as zonas balneares pelo que no caso da praia da Gralha não está definida nenhuma capacidade potencial de ocupação”, disse ao JORNAL DAS CALDAS o vereador da Câmara de Alcobaça, responsável pelo pelouro do ambiente, Hermínio Rodrigues.
Barracas em São Martinho do Porto só podem ser alugadas meio-dia por pessoa

São Martinho tem sempre muitas famílias com crianças por ser uma praia segura e com muitos desportos náuticos. Quando a maré está cheia tem pouco areal e a população tende a juntar-se. Como é que vai ser feita a fiscalização do cumprimento das regras? O vereador da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, diz que conforme estabelecido no artigo 12º do Decreto-Lei 24/2020, as entidades concessionárias devem sinalizar o estado de ocupação das praias”, aguardando-se que a APA determine “orientações mais concretas em relação àquela praia”.

Quanto às barracas têm que ser colocadas conforme está definido no manual da APA, com um metro e meio de distanciamento entre elas. “Cada concessionário deverá montar o número de barracas considerando o distanciamento mencionado na sua zona de concessão”, informou o vereador.

“Sendo uma responsabilidade dos concessionários garantir a vigilância das praias e havendo seis zonas balneares no concelho de Alcobaça”, Hermínio Rodrigues julga “não estarem reunidas as condições para a autarquia ajudar no pagamento dos nadadores salvadores”. “O município já garante a vigilância das praias não concessionadas Água de Madeiros, Polvoeira e ainda de Vale Furado, pela afluência de banhistas”, contou.

Segundo o autarca, a Gralha “não é uma praia identificada, ou seja, não é zona balnear, pelo que nunca teve nem vai ter vigilância”. “O município, como sempre, desaconselha a prática balnear nesta praia porque não possui infraestruturas nem vigilância”, afirmou.

Quanto às regras para os desportos náuticos na praia de São Martinho, o vereador disse que “são as previstas no manual da APA. O surf é permitido com cinco alunos por cada monitor e as gaivotas (barcos a pedais) são proibidas”.

Se vai ser um verão difícil ao nível do turismo, Hermínio Rodrigues considerou que é “uma situação de difícil antevisão”.

Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, a presidente da Associação Praia das Crianças, Isabel Codinha, disse que prevê que haja esta época balnear uma redução de 50% das barracas que habitualmente são colocadas. As barracas só podem ser alugadas de manhã, até às 13h30, ou à tarde, a partir das 14 horas. “As barracas não podem ser alugadas à semana ou ao mês como já era uma tradição nesta praia”, informou.

Patrícia Duarte, que tem a concessão do “Bar do Areal” há 11 anos, está a preparar o seu espaço para abrir a 6 de junho. Tem que distanciar as mesas, no entanto a capitania do Porto da Nazaré deixou colocar algumas mesas no areal até a capacidade que tinha, com o objetivo de diminuir o prejuízo da receita.

Quanto às barracas, “vão ser colocadas intercaladas entre cada uma”. A concessionária, que costumava colocar 100 barracas considera que só vai ter “espaço para cerca de 50”.

Com o tempo quente a chegar, numa altura em que o alívio das medidas de confinamento permitiu a reabertura de lojas, geladarias, cafés, restaurantes e esplanadas na avenida marginal de São Martinho do Porto, nada melhor do que matar as saudades com um café, gelado ou cocktail com vista para a baía.

Cafés, restaurantes e lojas reabrem em São Martinho

O JORNAL DAS CALDAS falou com alguns responsáveis dos estabelecimentos de restauração na vila. É o caso do empresário Paulo Ribeiro, proprietário dos restaurantes Boca Do Mar, Ó da asa e Samar, que aderiu ao serviço de “take-away” para ajudar o negócio devido às normas de segurança, que obrigam a uma lotação máxima reduzida a metade.

“As entregas de refeições a casa são gratuitas para valores superiores a 20 euros e no site, que se chama “São Martinho Take Away.pt, estão os três restaurantes, pode-se ver a ementa e encomendar”, explicou Paulo Ribeiro, revelando que “as ementas são todas digitais, acabando com o papel”. Vão ter brevemente os menus por Bluetooth. Foi, segundo o empresário, um investimento grande.

“Já tive conhecimento que a maioria dos apartamentos para julho e agosto já foi alugada para famílias que marcaram férias mais tempo e considero que a ideia é comer em casa, daí eu ter aderido a este serviço para as pessoas que ainda têm receio de ir ao restaurante”. Para o serviço para levar para casa, Paulo Ribeiro adquiriu um veículo elétrico e os seus colaboradores fazem entregas em São Martinho do Porto, Salir do Porto e Alfeizerão.

No que diz respeito aos restaurantes, que reabriram portas no passado dia 23, o empresário também teve de implementar algumas mudanças. “No caso do Boca do Mar, situado na marginal de São Martinho do Porto, tivemos de rever todo o nosso serviço, bem como refazer a nossa esplanada para estar de acordo com as regras implementadas pela Direção-Geral da Saúde”, explicou o chefe de sala do restaurante, David Morais, adiantando que “dantes tínhamos capacidade para 90 lugares, incluindo sala e a esplanada, e agora devemos ter cerca de 50”.

Apesar disso e do “receio que algumas pessoas ainda têm”, o responsável de sala sublinhou que esta primeira semana de reabertura foi “positiva, em que tivemos afluência de diversas pessoas ao espaço”. “Claro que não tem nada a ver com o número de refeições que servíamos antes da pandemia, mas consoante o possível foi muito satisfatório”, frisou.

Neste momento, os três espaços têm uma equipa de 20 pessoas e em 2019 nesta altura tinham cerca de 30 empregados. No pico do verão chegam a ter cerca de 50 funcionários. Este ano “ainda é cedo para antever quantos mais colaboradores vou precisar”, esclareceu o empresário Paulo Ribeiro.

Outro dos espaços que reabriu em São Martinho foi o café Esplanada da Fonte, situado junto ao jardim infantil da Praça Engenheiro José Frederico Ulrich. Com vista para a baía, o café, bem como os outros espaços que fazem parte do grupo, o Hotel Atlântica e o restaurante de apoio, foram “obrigados a reabrir de acordo com as medidas implementadas pelas autoridades de saúde”.

“No que diz respeito ao café colocámos o devido espaçamento entre as mesas, dispensadores de gel à entrada e saída do espaço, constante desinfeção do espaço, entre outras medidas”, explicou o responsável pelo espaço de cafetaria, Hélder Coutinho, adiantando que também “optámos por servir os clientes só na esplanada, visto que a maioria ainda está receosa de estar no interior dos estabelecimentos”. Além disso reduziu cerca de 50% da lotação do espaço.

A Esplanada da Fonte, que habitualmente já servia refeições para fora e que agora irá reforçar ainda mais este serviço, nos últimos dias tem sido visitada pelos seus clientes habituais, que “com os devidos cuidados já sentiam saudades de um café na esplanada”.

Para Hélder Coutinho, “este verão será feito basicamente com clientes portugueses, apesar de a nossa clientela ser maioritamente estrangeira devido ao hotel, mas dentro do possível penso que irá correr bem”.

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