A Cercina – Cooperativa de Ensino, Reabilitação, Capacitação e Inserção da Nazaré realizou, no passado dia 18 de dezembro, a cerimónia de inauguração formal do Lar Residencial e Residência Autónoma “Solar da Praia”. Convidada a presidir à cerimónia, a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, não escondeu a “especial afeição” que tem pelas residências autónomas como resposta social na área da inclusão. “É um gosto para mim estar aqui hoje porque a Cercina tem-se afirmado como um exemplo no que respeita a transformar a inclusão em ações concretas e em atividades práticas”, referiu a governante. Ana Sofia Antunes falou sobre algumas medidas que o Governo tem em curso nesta área. “Havendo melhores condições, é possível fazer mais e melhor, chegar a mais destinatários e fazer deles pessoas mais inteiras, mais capacitadas e conscientes dos seus direitos, e mais acompanhadas e protegidas, quando tal é necessário”, referiu. A Secretária de Estado anunciou que pretende agilizar a criação de mais residências autónomas, o que “não significa que não valorize o papel e a importância que as outras respostas sociais têm”. A secretária de Estado lançou um desafio à Cercina de criar um Centro de Vida Independente. Anunciou a abertura de um novo PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) até final do mês de janeiro, visando a modernização das instalações. “As respostas na área da deficiência são essenciais para muitas pessoas. Procuramos espicaçar mentes e trazer inovação”, concluiu a governante. No seu discurso, Joaquim Pequicho salientou a “expressão coletiva” da cerimónia, invocando o “envolvimento de todos os que fazem parte da história desta organização”, e a “expressão comunitária” da própria Cercina como “resposta às necessidades sociais do território, mobilizando, ao longo dos últimos 38 anos, as vontades, as compreensões e algumas incompreensões que, com diálogo, temos vindo a ultrapassar”. O presidente do Conselho de Administração destacou ainda o papel da instituição como uma “expressão orgânica de inclusão, um ecossistema muito particular, com uma base comunitária e de proximidade”. “Somos a afirmação das muitas organizações que investem na capacitação e na promoção da vida independente das pessoas com deficiência”, referiu Joaquim Pequicho. Já o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro, disse que esta valência “afirma não só a própria Cercina mas também o concelho e, acima de tudo, complementa a oferta à própria comunidade nesta matéria”. Por seu lado, Julieta Sanches, presidente da Fenacerci, salientou que a Cercina “se mantém num caminho de modernidade e de defesa intransigente dos direitos das pessoas com deficiência intelectual e multideficiência”. “A Cercina” soube granjear o respeito junto dos seus pares, nacionais e internacionais, sobretudo pela qualidade das intervenções que promove e pelos contributos que tem dado para a inovação em reabilitação”, salientou a dirigente. A funcionar desde 2017, o Lar Residencial e a Residência Autónoma prestam serviço a 25 clientes, com deficiência intelectual, multideficiência e diagnóstico duplo.
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