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Búlgara Isabella Shinikova venceu torneio de ténis nas Caldas

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A búlgara Isabella Shinikova (213ª do ranking WTA), que já se tinha sagrado campeã de pares, arrecadou também no passado domingo o troféu de campeã de singulares do Angogerman Oeste Ladies Open, o maior torneio internacional de ténis feminino a acontecer em Portugal desde 2014, organizado pela Capital Events, no Complexo Municipal de Ténis das Caldas da Rainha.
Natalija Kostic e Isabella Shinikova, a finalista e a campeã (foto Joana Dantas)

Aos 27 anos, a carismática e alta (1,84 metros) tenista búlgara beneficiou da desistência da sérvia Natalija Kostic (212ª do ranking) quando já liderava a final de forma folgada, ao cabo de 52 minutos, conquistando assim o título mais importante da carreira — o primeiro em torneios dotados de 60 mil dólares em prémios monetários — graças aos parciais de 6-3 e 2-0.

A sérvia, de 25 anos e com 1,62 metros, foi traída pelo enorme esforço físico que fez ao longo de toda a semana (e as duas últimas jornadas em particular) para conseguir chegar à decisão do título.

Com as duas pernas enfaixadas desde o duelo das meias-finais (na ronda anterior já tinha uma delas coberta de ligaduras), Kostic explicou que sofreu “uma dor abdominal que afectava o serviço e a rotação das pancadas ao fundo do court”.

Não quis arriscar prosseguir, porque como discursou na cerimónia de entrega dos troféus, “a saúde está em primeiro lugar e tive de ser profissional e pensar no meu futuro”.

Na final de pares, Isabella Sinikova e a francesa Jessika Ponchet arrebataram o título, superando, por 6-1 e 6-3, em 58 minutos, a dupla terceira cabeça-de-série, formada pela alemã Vivian Heisen e a cazaque Anna Danilina.

“Estou muito contente”, disse a dupla campeã.

Na cerimónia de entrega dos troféus estiveram presentes Pedro Raposo (vereador do desporto e da juventude da Câmara Municipal das Caldas da Rainha), Vasco Costa (presidente da Federação Portuguesa de Ténis), Élio Cunha (presidente da Associação de Ténis de Leiria), Paulo Cardoso (juíz-árbitro do torneio), Rogério Ivan, Nuno Reis, Nuno Sardinha e Nuno Mota (promotores da Capital Events e do torneio), que também é o diretor desportivo da prova.

Foram ainda chamados ao campo três tenistas muito especiais para a região e o país: Carolina Reis, que jogou a fase de qualificação do torneio, Pedro Libório, vice-campeão nacional de sub-16, e Frederico Silva, que apesar da tenra idade já é considerado o melhor tenista de sempre das Caldas da Rainha e no último mês voltou a representar a seleção nacional na Taça Davis. Os três jogadores representam o Clube de Ténis das Caldas da Rainha e treinam em academias da região, como a Felner Tennis Academy e a Nuno Mota Tennis Academy.

O vereador Pedro Raposo partilhou a satisfação por Caldas da Rainha receber um torneio desta dimensão. “Ao longo da semana assistimos a momentos extremamente agradáveis daquilo que é a qualidade do ténis feminino. A organização está de facto de parabéns”.

Vasco Costa felicitou a organização e disse ser “o melhor e maior torneio internacional feminino que se realiza em Portugal”, sublinhando ainda que “tivemos três jogadoras portuguesas a disputar o quadro principal”.

A participação portuguesa no quadro principal de singulares do Angogerman Oeste Ladies Open começou com sabor agridoce. Num duelo em que foi necessário recorrer à iluminação artificial, depois da chuva que atrasou o arranque de jornada, Maria Inês Fonte não conseguiu aproveitar as oportunidades de que dispôs e perdeu, no dia 24 de setembro, diante da qualifier Ainhoa Atucha Gomez, por 6-4 e 6-3.

A jogadora de apenas 17 anos esteve em boa posição de vencer os dois parciais mas foi “traída” por quebras de concentração em momentos determinantes.

A primeira aconteceu aos 4-4 do primeiro set, quando estava em ascensão por ter recuperado de um break em atraso, teve uma vantagem de 30-0, mas cometeu quatro erros não forçados e cedeu o jogo de serviço, que ditou uma inversão na tendência dos acontecimentos.

A segunda situação deu-se aos 3-3 da segunda partida — numa fase em que Atucha Gomez já tinha sido assistida ao tornozelo direito. Inês Fonte voltou a baixar de rendimento.

A terceira melhor jogadora portuguesa no ranking mundial da WTA declarou que “fico triste com o resultado mas saio de cabeça erguida, foi uma experiência muito boa”.

Ainhoa Atucha Gomez é quase dez anos mais velha do que Inês Fonte e está classificada mais de cem lugares à frente no ranking mundial. Em torneios da Federação Internacional de Ténis a contarem para o ranking WTA já esteve numa final e em três meias-finais. É uma jogadora muito mais experiente e isso foi visível.

Inês Murta conseguiu no dia seguinte apurar-se para os oitavos-de-final do Angogerman Oeste Ladies Open. Com 22 anos, lutou com unhas e dentes para somar uma das vitórias mais importantes da carreira, frente a Olga Parres, por 6-4, 2-6 e 6-4 ao fim de 2h18.

Quatro anos mais velha, a espanhola conta com um recheado currículo, sobretudo na variante de pares (já tem 31 títulos), mas não conseguiu fazer dessas experiências uma vantagem.

Num duelo que começou de dia e terminou de noite, em jeito de gala tenística noturna, ainda com bastante público a apoiá-la, Inês Murta quebrou por quatro vezes o serviço da espanhola no primeiro parcial e depois de um segundo set em que não lhe conseguiu criar dificuldades no serviço — e em que se começou a precipitar para as linhas, o que resultou num aumento dos erros não forçados — voltou à carga. Das sete oportunidades criadas na partida decisiva, aproveitou três e foram suficientes para sair do court com muitas razões para sorrir.

“Já estava à espera de um encontro disputado pois da última vez que tínhamos jogado eu já tinha ganho o primeiro set e ela depois recuperou. Estava por isso preparada para a reação dela mas acho que poderia ter mantido o meu nível que apresentei no primeiro set e perdi-me um bocadinho”, admitiu a jogadora, que esteve lesionada num tornozelo na semana anterior.

Na verdade, a jornada até podia ter servido de palco à primeira vitória portuguesa horas antes. Francisca Jorge (521ª) começou bem o seu encontro, mas uma reviravolta acabou por trair a tricampeã nacional. Depois de uma entrada autoritária, em que soube aproveitar a clara apatia de Karin Kennel (620ª) para ganhar vantagem rapidamente, a tenista de Guimarães, de 19 anos, deixou de ser tão assertiva do fundo do court e perdeu o ascendente psicológico.

Por sua vez, a suíça soube recuperar a concentração, passou a colocar mais bolas dentro das linhas e trabalhou a confiança para trabalhar a reviravolta (esteve a perder por 2-4 no segundo set), que consumou com os parciais de 1-6, 6-4 e 6-2 ao fim de 1h45 de luta.

Na reflexão ao encontro, Francisca Jorge lamentou a quebra de rendimento quando a adversária reagiu. “Comecei muito bem, tinha um plano de jogo e estava a conseguir cumpri-lo mas depois ela entrou mais no jogo, tornou-se equilibrado e quando no segundo set fez o 3-3 senti que não soube lidar com a situação. Fui-me abaixo, passei a ir um bocadinho atrás do resultado em vez de me manter no jogo e baixei o nível. Não me devia ter afetado como afetou. Senti que estava a jogar muito bem e quase tinha o jogo na mão, por isso estou um bocadinho frustrada”, manifestou.

Na quinta-feira chegou ao fim a participação portuguesa no Angogerman Oeste Ladies Open. Inês Murta, a número dois nacional, foi travada pela antiga top-15 mundial Kaia Kanepi, nos oitavos-de-final, enquanto Francisca Jorge e Sara Lança, com as respetivas parceiras, perderam nos quartos-de-final do torneio de pares.

Já se sabia que Inês Murta teria pela frente muitas dificuldades no ténis de Kaia Kanepi, de longe a jogadora mais credenciada do torneio, e dentro do campo isso verificou-se. A algarvia ainda conseguiu entrar bem e oferecer resistência nos primeiros jogos, com variações na altura da bola que criaram desequilíbrios à estónia de 34 anos, que uma vez adaptada ao jogo da portuguesa, passou a não dar hipóteses.

Detentora de um ténis potente, de uma movimentação muito trabalhada e de uma concentração exímia, a campeã do Estoril Open de 2012 perdeu os dois primeiros jogos, mas depois alinhou 12 consecutivos (embora salvando alguns break-points), para vencer por claros 6-2 e 6-0.

Kaia Kanepi deixou elogios ao jogo de Inês Murta: “Acho que ela jogou muito bem, aplicou muito spin às bolas e isso fez-me ficar desconfortável. Tive de jogar melhor para conseguir derrotá-la”.

A cabeça de cartaz não confirmou na sexta-feira o favoritismo e foi surpreendida pela menos cotada Isabella Shinikova, que ao cabo de 2h14 triunfou por 7-6 (10/8), 3-6 e 6-3, nos quartos-de-final.

A estónia sentiu demasiado o vento moderado que se fez sentir. “Não vou dizer que se não houvesse vento iria ganhar, mas a verdade é que não senti muito vento no primeiro set, não houve praticamente vento no segundo e senti-o bastante no terceiro. Como jogo muito chapado e em profundidade, cometi mais erros do que deveria”, lamentou.

Isabella Shinikova foi assim responsável pela maior surpresa do torneio.

Nos pares, tal como em singulares, o torneio não sorriu às cores portuguesas. Ao lado da russa Ekaterina Shalimova a lusa Sara Lança pouco conseguiu fazer, perdendo por 6-3 e 6-1 diante das primeiras favoritas, as britânicas Sarah Beth Grey e Eden Silva. Em contrapartida, Francisca Jorge ainda se colocou em posição de discutir o acesso às meias-finais ao lado da espanhola Olga Parres Azcoitia, mas cederam por 6-2 e 7-6 (7/3) frente a Vivan Heisen, da Alemanha, e Anna Danilina, do Cazaquistão, as terceiras cabeças-de-série.

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